Os direitos de aprendizagem em documentos curriculares relacionados à matemática referentes ao 1º ciclo do ensino fundamental

Abstract

A pesquisa apresenta inicialmente uma Revisão Bibliográfica, a partir de Análise Documental, buscando ancoragem em produções que versam sobre três documentos curriculares nacionais de Educação, no trabalho com os primeiros anos do Ensino Fundamental com ênfase na matemática. Destacamos os “direitos de aprendizagem” abordados nessas publicações. Apresentamos por objetivo desta investigação analisar os conteúdos matemáticos e os direitos de aprendizagem que constam nos documentos curriculares PCN, PNAIC e BNCC. Por objetivos específicos, destacamos: (1) analisar os direitos de aprendizagem e os conteúdos matemáticos que constam nos referidos documentos curriculares e (2) Compreender como se apresentam os conteúdos matemáticos e os direitos de aprendizagem no intuito de auxiliar os docentes nas ações relacionadas ao ensino da Matemática no primeiro ciclo do Ensino Fundamental. Investigamos, a partir das produções textuais e da análise dos três documentos, como os direitos de aprendizagem dos estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental são abordados, desde 1996, nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), nos cadernos relativos à matemática do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e nos documentos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Em cada um deles buscamos as aprendizagens primordiais a serem veiculadas no ensino de matemática na Educação Básica — com foco nos três primeiros anos do Ensino Fundamental — de maneira a resguardar aos estudantes os conteúdos indicados como “direitos de aprendizagem”. Para as análises, apresentamos quadros descritivos dos conteúdos matemáticos tratados nos três anos iniciais do Ensino Fundamental, apresentados em cada Unidade temática (ou bloco de conteúdo, de acordo com os PCN) nos três documentos. Foram cinco as unidades temáticas investigadas, embora nos PCN apenas quatro blocos de conteúdos sejam destacados: Número, Álgebra (não inserida nos PCN), Geometria, Probabilidade e Estatística e Grandezas e Medidas. Para cada documento foram feitas análises apresentando os focos de trabalho com a matemática. Observamos que apenas o PNAIC traz em seus volumes as “vozes” dos professores e um enfoque mais direcionado ao trabalho pedagógico. Pensando em trazer a perspectiva de alguns pesquisadores sobre os documentos curriculares, foi realizada uma análise de teses, dissertações e artigos que trazem em seu bojo aspectos relacionados aos três documentos. Consideramos que os “direitos de aprendizagem” não podem ser confundidos com “expectativas, controles ou metas”, visando apenas resultados de avaliações externas. Preservar as diferenças e com elas as boas especificidades dos diferentes espaços em que a Educação formal se desenvolve, deveria ter centralidade nos documentos. Nesta dissertação defendemos que as regulações sejam abrandadas e que as oportunidades formativas se multipliquem, explorando os diferentes modos de aprender e de ensinar matemática.

Não elaborado pelo autor(a).