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dc.contributor.advisorEnumo, Sônia Regina Fiorim
dc.contributor.authorBellodi, Anita Colletes
dc.date.accessioned2022-02-16T18:43:53Z
dc.date.available2022-02-16T18:43:53Z
dc.date.issued2018-02-22
dc.identifier.urihttp://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15751
dc.description.abstractO excesso de peso (EP), em crianças e adolescentes, que inclui o sobrepeso e a obesidade, apresenta-se como um grave problema de saúde pública. Compreender as relações entre algumas das variáveis modificáveis envolvidas é objetivo geral desta Tese, que foi elaborada em três estudos. O Estudo 1 apresentou um levantamento sistemático de literatura sobre variáveis psicológicas e psicossociais relacionadas ao EP na infância e adolescência (três a 18 anos). Aplicou-se descritores indexados pela American Psychological Association (APA): obesity OR overweight, AND Child Psychology OR Child Characteristics OR Adolescent characteristics OR Adolescent Psychology OR psychosocial development, nas bases de dados multidisciplinares da Academic Search Premier, incluindo estudos empíricos, revisados por pares, em idioma inglês, publicados entre os anos de 2007 e 2017. Sintomas depressivos e de ansiedade foram os mais comuns avaliados. A revisão indicou que esses sintomas são mais frequentes nas crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade, se comparadas àquelas com peso normal. Outras variáveis psicológicas foram menos avaliadas, mas se mostraram influentes, tais como o temperamento. Por isto, é sugerido que as pesquisas do EP da criança/adolescente analisem maior número de variáveis, incluindo biológicas, psicológicas e sociais, aplicando-se análises estatísticas mais integrativas, como a análise de rede, para uma avaliação ampla e processual. O Estudo 2 analisou dados de um estudo transversal com 3.471 estudantes de escolas públicas, de sete a 13 anos, da cidade de Campinas – SP. Medidas de 31 variáveis foram submetidas à aglutinação, restando 16 variáveis, as quais aplicaram-se análises de correlações, predições e análise de rede de correlação bivariada e análise de componentes principais. Encontrou-se 33,7% de estudantes com EP, 17,5% com obesidade e 16,2 % com sobrepeso. A análise de rede mostrou que, sob estresse, essas crianças e adolescentes tendem a apresentar níveis de colesterol mais elevados, seguido por um maior uso de medicações ou suplementos, e um aumento da atividade física, relações maiores para meninos e de etnia não branca. Alimentar-se com a merenda fornecida pela escola e ser do sexo feminino atuou como fator de proteção para o risco cardiovascular. Conclui-se que o estresse está impactando a saúde física dos estudantes, aumentando seu risco cardiovascular. Sugerem-se ações que verifiquem as fontes de estresse para esta população infantojuvenil e que proponham políticas de manejo dessas condições. O Estudo 3 analisou 37 variáveis: psicossociais (etnia, risco psicossocial, cidade de residência, estudar em escola pública ou particular, influências de propagandas na alimentação), variáveis do tratamento (tempo em tratamento, periodicidade, comorbidades, especialidades médicas), variáveis familiares (sexo, idade, índice de massa corporal (IMC), hábito de atividade física, diabetes da genitora, tabagismo da genitora na gestação, complicações na gestação ou parto, comportamentos de alimentar via restrição para perda de peso, restrição para saúde, pressão e monitoramento, coping adaptativo e mal adaptativo), variáveis da criança ou adolescente (sexo, idade, peso ao nascer, amamentação materna exclusiva (AME), realização de atividade física, horas de atividade física por semana, horas de sono, hábito de levar lanche de casa para a escola, local de realização de refeições, tempo em dispositivos com tela, características de temperamento de controle com esforço, afeto negativo, extroversão, coping adaptativo e mal adaptativo) e as variáveis de desfecho: sobrepeso e obesidade (EP). Teve 80 participantes, sendo 40 pacientes, de três a 17 anos, de um ambulatório de obesidade infantil da endocrinologia de um hospital universitário de Campinas – SP e seus cuidadores (familiar responsável), totalizando 40 cuidadores. Peso e altura dos participantes foram aferidos e calculou-se o IMC. Aplicou-se individualmente instrumentos, de acordo com cada idade: Ficha de Caracterização, Psychosocial Assessment Tool (2.0), Compreensive Feeding Practices Questionnarie, Motivacional Theory of Coping Scale - 12, Children´s Behavior Questionnarie, Early Adolescence Temperament Questionnaire – Revised. A análise de rede destacou que o EP se inicia com a saúde materna prejudicada, principalmente com diabetes mellitus e complicações na gravidez e parto. As crianças/adolescentes com característica de afeto negativo de temperamento apresentam coping mal adaptativo, em contexto de risco psicossocial. Essas informações devem orientar estratégias de prevenção em saúde da mulher e saúde gestacional, seguido por programas de atendimento multidisciplinar para o paciente e seu cuidador, para aqueles já em tratamento. Frente aos dados dos três estudos, conclui-se no geral, que os tratamentos para EP baseados exclusivamente em indicações de hábitos de vida saudáveis são insuficientes. Para prevenção do EP em crianças/adolescentes, sugere-se foco em saúde materna e ações que diminuam o risco psicossocial. Para atingir mais sucesso na adesão ao tratamento, é necessário ampliar a avaliação dos aspectos psicológicos e psicossociais, incluindo a avaliação do estresse e estressores, temperamento, coping, em avaliação multidisciplinar e contextualizada ao risco psicossocial familiar, e à realidade econômica e social da população-alvo.
dc.description.abstractOverweight in children and adolescents, which includes obesity and excessive body mass indexes, configure a serious public health problem. Understanding the relationships among some of the modifiable variables involved is the general objective of this Thesis, which was elaborated in three studies. Study 1 presented a systematic review of the literature on psychological and psychosocial variables related to Overweight in childhood and adolescence (three to 18 years old). Were applied descriptors indexed by the American Psychological Association (APA): obesity OR overweight, AND Child Psychology OR Child Characteristics OR Adolescent characteristics OR Adolescent Psychology OR psychosocial development, in the multidisciplinary databases of Academic Search Premier, including empirical studies, reviewed by pairs, published in the last 10 years. Depressive and anxiety symptoms were the most common evaluated. Studies have indicated that these symptoms are more frequent in children and adolescents who are overweight or obese compared to those with normal weight. Other psychological variables were less evaluated, but were shown to be influential, such as temperament. Therefore, it is suggested that child / adolescent overweight studies analyze a greater number of variables, including biological, psychological and social variables, applying more integrative statistical analyzes, such as network analysis, for a comprehensive and procedural evaluation. Study 2 analyzed data from a cross-sectional study of 3,471 public school students aged three to 13 years from the city of Campinas, SP - Brazil. Measurements of 31 variables were submitted to agglutination, remaining 16 variables, which were applied correlations analyzes, predictions and bivariate correlation network analysis and principal components analysis. We found 33.7% of students with overweight, 17.5% with obesity and 16.2% with excessive body mass. The network analysis showed that under stress these children and adolescents tend to have higher cholesterol levels, followed by a greater use of medications or supplements, and an increase in physical activity, higher ratios for boys and non-white ethnicity. Eating the lunch provided by the school and being female served as a protective factor for cardiovascular risk. It is concluded that stress is impacting the physical health of students, increasing their cardiovascular risk. We suggest actions that verify the sources of stress for this child and youth population and propose policies to manage these conditions. Study 3 analyzed 37 variables: psychosocial (ethnicity, psychosocial risk, city of residence, study in public or private school, influences of advertisements on food), treatment variables (time in treatment, periodicity, comorbidities, medical treatments), family variables (sex, age, body mass index (BMI), physical activity habit, diabetes of the mother, smoking during pregnancy, complications in pregnancy or childbirth, feeding behaviors such as restriction for weight loss, health restrictions, pressure and monitoring, adaptative/non-adaptative coping), child or adolescent variables (gender, age, weight at birth, exclusive breastfeeding, physical activity, hours of physical activity per week, hours of sleep, snacking from home to school, place of meals, screen time, temperament characteristics of effort control, negative affect, extroversion, adaptive and non-adaptive coping) and outcome variables: excessive body mass and obesity. There were 80 participants, 40 patients aged three to 17 years, from a pediatric endocrinology clinic of a university hospital in Campinas, SP - Brazil, and their caregiver (responsible family member), totaling 40 caregivers. Weight and height of participants were measured, and BMI was calculated. Psychosocial Assessment Tool (2.0), Comprehensive Feeding Practices Questionnaire, Motivational Theory of Coping Scale - 12, Children's Behavior Questionnaire, Early Adolescence Temperament Questionnaire - Revised. The network analysis emphasized that overweight begins with impaired maternal health, especially with diabetes mellitus and complications in pregnancy and childbirth, while children / adolescents with a negative temperament affective feature have poor adaptive coping in a context of psychosocial risk. This information should guide prevention strategies in women's health and gestational health, followed by multidisciplinary care programs for the patient and their caregiver, for those already under treatment. With the data from the three studies, it is a general conclusion that treatments for overweight based exclusively on indications of healthy life habits are insufficient. For prevention of overweight in children / adolescents, it is suggested to focus on maternal health and actions to reduce psychosocial risk. To achieve greater success in adherence to treatment, it is necessary to broaden the evaluation of psychological and psychosocial aspects, including stress and stressors evaluation, temperament, coping, in a multidisciplinary and contextualized assessment of the family psychosocial risk, and the economic and social reality of the target population.
dc.description.abstractEl exceso de peso (EP), en niños y adolescentes, que incluye el sobrepeso y la obesidad, se presenta como un grave problema de salud pública. Comprender las relaciones entre algunas de las variables modificables involucradas es objetivo general de esta Tesis, que fue elaborada en tres estudios. El estudio 1 presentó un levantamiento sistemático de literatura sobre variables psicológicas y psicosociales relacionadas al EP en la infancia y adolescencia (3 a 18 años). Se aplicó descriptores indexados por la American Psychological Association (APA): obesity OR overweight, AND Child Psychology OR Child Characteristics OR Adolescent characteristics OR Adolescent Psychology OR psychosocial development, en las bases de datos multidisciplinares de la Academic Search Premier, incluyendo estudios empíricos, revisados por pares en idioma inglés, publicados entre los años 2007 y 2017. Los síntomas depresivos y de ansiedad fueron los más comunes evaluados. Los estudios indicaron que estos síntomas son más frecuentes en los niños y adolescentes con sobrepeso o obesidad, si se compara con aquellos con peso normal. Otras variables psicológicas fueron menos evaluadas, pero se mostraron influyentes, tales como el temperamento. Por eso, se sugiere que los estudios del EP del niño / adolescente analizan mayor número de variables, incluyendo biológicas, psicológicas y sociales, aplicando análisis estadísticas más integrativas, como el análisis de red, para una evaluación amplia y procesal. El estudio 2 analizó datos de un estudio transversal con 3.471 estudiantes de escuelas públicas, de 7 a 13 años, de la ciudad de Campinas – SP, Brasil. Las medidas de 31 variables fueron sometidas a la aglutinación, restando 16 variables, las cuales se aplicaron análisis de correlaciones, predicciones y análisis de red de correlación bivariada y análisis de componentes principales. Se encontró 33,7% de estudiantes con EP, 17,5% con obesidad y 16,2% con sobrepeso. El análisis de red mostró que, sufriendo estrés, estos niños y adolescentes tienden a presentar niveles de colesterol más elevados, seguido por un mayor uso de medicamentos o suplementos, y un aumento de la actividad física, relaciones mayores para niños y de etnia no blanca. Alimentarse con la merienda proporcionada por la escuela y ser del sexo femenino actuó como factor de protección para el riesgo cardiovascular. Se concluye que el estrés está impactando la salud física de los estudiantes, aumentando su riesgo cardiovascular. Se sugieren acciones que verifiquen las fuentes de estrés para esta población infantojuvenil y que propongan políticas de manejo de esas condiciones. El estudio 3 analizó 37 variables: psicosociales (etnia, riesgo psicosocial, ciudad de residencia, estudiar en escuela pública o particular, influencias de propagandas en la alimentación), variables del tratamiento (tiempo en tratamiento, periodicidad, comorbilidades, especialidades médicas), variables familiares (sexo, edad, índice de masa corporal (IMC), hábito de actividad física, diabetes de la genitora, tabaquismo de la genitora en la gestación, complicaciones en la gestación o parto, comportamientos de alimentación vía restricción para pérdida de peso, restricción para la salud, presión y monitoreo, coping adaptativo y mal adaptativo), variables del niño o adolescente (sexo, edad, peso al nacer, lactancia materna exclusiva (AME), realización de actividad física, horas de actividad física por semana, horas de sueño, hábito de llevar la merienda de casa para la escuela, lugar de realización de comidas, tiempo en dispositivos con pantalla, características de temperamento de control con esfuerzo, afecto negativo, extroversión, coping adaptativo y el mal adaptativo) y las variables de desenlace: sobrepeso y obesidad (EP). Se tuvo a 80 participantes, siendo 40 pacientes, de 3 a 17 años, de un ambulatorio de obesidad infantil de la endocrinología de un hospital universitario de Campinas – SP, Brasil y su cuidador (familiar responsable), totalizando 40 cuidadores. El peso y la altura de los participantes fueron evaluados y se calculó el IMC. Se aplicó individualmente instrumentos, de acuerdo con cada edad: Ficha de Caracterización, Psychosocial Assessment Tool (2.0), Compreensive Feeding Practices Questionnarie, Motivacional Theory of Coping Scale - 12, Children´s Behavior Questionnarie, Early Adolescence Temperament Questionnaire – Revised. El análisis de red destacó que el EP se inicia con la salud materna perjudicada, principalmente con diabetes mellitus y complicaciones en el embarazo y parto, ya los niños / adolescentes con característica de afecto negativo de temperamento, presentan coping mal adaptativo, en contexto de riesgo psicosocial. Estas informaciones deben orientar estrategias de prevención en salud de la mujer y salud gestacional, seguido por programas de atención multidisciplinaria para el paciente y su cuidador, para aquellos ya en tratamiento. Frente a los datos de los tres estudios, se concluye en general que los tratamientos para EP basados exclusivamente en indicaciones de hábitos de vida saludables son insuficientes. Para la prevención del EP en niños / adolescentes, se sugiere foco en salud materna y acciones que disminuyen riesgo psicosocial. Para alcanzar más éxito en la adhesión al tratamiento, es necesario ampliar la evaluación de los aspectos psicológicos y psicosociales, incluyendo evaluación sobre estrés y estresores, temperamento, coping, en evaluación multidisciplinaria y contextualizada al riesgo psicosocial familiar, ya la realidad económica y social de la población objetivo.
dc.description.sponsorshipPontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC - Campinas
dc.language.isopor
dc.publisherPUC-Campinas
dc.rightsAcesso Aberto
dc.subjectExcesso de peso
dc.subjectobesidade infantil
dc.subjectadolescentes
dc.subjectenfrentamento
dc.subjecttemperamento
dc.subjectrisco psicossocial
dc.subjectOverweight
dc.subjectchildhood obesity
dc.subjectadolescents
dc.subjectcoping
dc.subjecttemperament
dc.subjectpsychosocial risk
dc.subjectExceso de peso
dc.subjectobesidad infantil
dc.subjectadolescentes
dc.subjectenfrentamiento
dc.subjecttemperamento
dc.subjectriesgo psicosocial
dc.titleObesidade em crianças e adolescentes: temperamento, estresse, coping e risco psicossocial familiar
dc.title.alternativeObesity in children and adolescents: temperament, stress, coping, and family psychosocial risk
dc.typeTese
dc.contributor.institutionPontifícia Universidade Católica de Campinas
dc.identifier.lattes4537939782510704
puc.advisorLattes6611875189543103
puc.refereeEnes, Carla Cristina
puc.refereeSaraiva, José Francisco Kerr
puc.refereeGaspardo, Cláudia Maria
puc.refereeBaptista, Makilim Nunes
puc.refereeLattes8434240058768791
puc.refereeLattes9543560753108178
puc.refereeLattes4182554309806586
puc.refereeLattes2765185142133152
puc.centerCCV – Centro de Ciências da Vida
puc.undergraduateProgramPrograma de Pós-Graduação em Psicologia


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