Psicologia crítica e processos participativos na escola: o lugar da família

Abstract

Esta pesquisa de doutorado foi desenvolvida em uma escola pública municipal, embasada pelos fundamentos da Psicologia Histórico-Cultural, pela perspectiva crítica para compreensão do desenvolvimento infantil e da participação, utilizou-se como ferramenta metodológica a pesquisa ação-participação. Assim, defende-se que a Psicologia na escola, sustentada pela perspectiva crítica, pode e deve mediar a participação das famílias, como função do psicólogo, no acompanhamento do desenvolvimento das crianças e adolescentes para a tomada de consciência. O objetivo maior foi contribuir para o processo de participação das famílias na escola. As fontes de informações foram documentos da escola (projeto pedagógico, Livro de Registros e Ocorrências dos estudantes); diários de campo; mapeamentos das famílias e encontro em grupo entre psicologia e famílias. Os participantes foram as famílias dos estudantes dos anos iniciais do fundamental I que aceitaram o convite para participarem. Como resultados, identificou-se os espaços para participação das famílias e, por meio do apoio da Psicologia, nas reflexões do cotidiano escolar, iniciou-se um processo de desconstrução de uma relação escola-família centrada na responsabilização do outro. Como conclusão , compreendeu-se que visões cristalizadas sobre rotinas padronizadas para o desenvolvimento das crianças não facilitam o codiano de vida familiar e também na identificação dos riscos advindos da pandemia por Covid-19. Um movimento de aproximação entre escola-família possibilitou maior contato e trocas das situações vividas, ou seja, as relações se fortalecem quando se compartilha o cotidiano pela perspectivas dos envolvidos. A participação foi considerada a partir da organização social de vida, incluindo as condições de trabalho dos professores e das famílias. Sendo sistematizadas em três tipos de participação: a contemplativa, a representativa e a relacional. Por meio da mediação da psicologia, a escola e as famílias refletiram sobre o desenvolvimento da criança e os processos de participação, ação possível pela pesquisa estar na escola inserida no projeto ECOAR (Espaço de Convivência, Ação e Reflexão) e no cotidiano da escola poder fortalecer a relação escola-família e comprometer-se para uma participação conscientizada.

This doctoral research was developed in a municipal public school, based on the foundations of Historical-Cultural Psychology, by the critical perspective for understanding child development and participation, using action-participation research as a methodological tool. Thus, it is argued that Psychology at school, supported by a critical perspective, can and should mediate the participation of families, as a psychologist's function, in monitoring the development of children and adolescents for awareness. The main objective was to contribute to the process of participation of families in the school. The sources of information were school documents (pedagogical project, Book of Records and Occurrences of students); field diaries; mapping of families and group meeting between psychology and families. The participants were the families of students from the early years of elementary school who accepted the invitation to participate. As a result, spaces for the participation of families were identified and, through the support of Psychology, in the reflections of everyday school life, a process of deconstruction of a school-family relationship centered on the responsibility of the other was initiated. In conclusion, it was understood that crystallized views on standardized routines for the development of children do not facilitate the daily life of family life and also in the identification of risks arising from the pandemic by Covid-19. A movement of approximation between school and family made possible greater contact and exchange of situations experienced, that is, relationships are strengthened when daily life is shared from the perspectives of those involved. Participation was considered based on the social organization of life, including the working conditions of teachers and families. Three types of family participation were syntematized: contemplative, representative and relational. Through the mediation of psychology, the school and the families reflected on the child's development and the processes of participation, an action made possible by the research being in the school inserted in the ECOAR project (Space for Coexistence, Action and Reflection) and in the daily life of the school Poder strengthen the school-family relationship and commit to an informed participation.

Esta investigación doctoral se desarrolló en una escuela pública municipal, a partir de los fundamentos de la Psicología Histórico-Cultural, desde la perspectiva crítica para comprender el desarrollo y la participación infantil, utilizando como herramienta metodológica la investigación acción-participación. Así, se argumenta que la Psicología en la escuela, apoyada en una perspectiva crítica, puede y debe mediar en la participación de las familias, como función del psicólogo, en el acompañamiento del desarrollo de los niños y adolescentes para su toma de conciencia. El objetivo principal fue contribuir al proceso de participación de las familias en la escuela. Las fuentes de información fueron documentos escolares (proyecto pedagógico, Libro de Actas y Ocurrencias de los alumnos); diarios de campo; mapeo de familias y encuentro grupal entre psicología y familias. Los participantes fueron las familias de los alumnos de los primeros años de la escuela primaria que aceptaron la invitación a participar. Como resultado, se identificaron espacios para la participación de las familias y, con el apoyo de la Psicología, en las reflexiones del cotidiano escolar se inició un proceso de deconstrucción de una relación escuela-familia centrada en la responsabilidad del otro. En conclusión, se entendió que las visiones cristalizadas sobre rutinas estandarizadas para el desarrollo de los niños no facilitan el cotidiano de la vida familiar y también en la identificación de riesgos derivados de la pandemia por Covid-19. Un movimiento de acercamiento entre la escuela y la familia hizo posible un mayor contacto e intercambio de situaciones vividas, es decir, las relaciones se fortalecen cuando se comparte la vida cotidiana desde la perspectiva de los involucrados. Se consideró la participación a partir de la organización social de la vida, incluyendo las condiciones de trabajo de los docentes y las familias. Se sintetizaron tres tipos de participación familiar: contemplativa, representativa y relacional. A través de la mediación de la psicología, la escuela y las familias reflexionaron sobre el desarrollo del niño y los procesos de participación, acción posibilitada por el hecho de estar la investigación en la escuela inserta en el proyecto ECOAR (Espacio de Convivencia, Acción y Reflexión) y en el vida cotidiana de la escuela Poder fortalecer la relación escuela-familia y comprometerse con una participación informada.