Impacto da acupuntura em portadores de epilepsia do lobo temporal com esclerose de hipocampo
Abrir arquivo
Título alternativo
Impact of acupuncture on temporal epilepsy with hippocampal sclerosisAutor
Orientador
Tedrus, Gloria Maria de Almeida SouzaData de publicação
05/12/2019Tipo de conteúdo
DissertaçãoDireitos de acesso
Acesso AbertoMetadados
Mostrar registro completoResumo
Introdução: Epilepsia frequentemente compromete a qualidade de vida (QV), particularmente aquelas epilepsias de difícil controle com crises epilépticas (CE) refratarias ao tratamento com drogas antiepilépticas tradicionais. Em adultos a epilepsia refratária mais prevalente é a epilepsia de lobo temporal com esclerose de hipocampo (ELT-EH). Na ELT-EH é frequente a ocorrência de depressão, distúrbios cognitivos, e outros comprometimentos psicossociais. Objetivo: Avaliar a percepção da qualidade de vida (QV), de bem-estar, a presença de sintomas depressivos e a frequência das CE em indivíduos adultos com ELT-EH, submetidos a acupuntura, em um período de 10 semanas. Todos dados foram comparados aos de um grupo controle construído por indivíduos com ELT-EH, não submetidos a acupuntura. Metodologia e procedimento: Foram avaliados 52 indivíduos com ELT-EH, 26 indivíduos foram submetidos a acupuntura (G. intervenção) e 26 indivíduos participaram da Pesquisa com grupo controle (GC) e não submetidos a acupuntura. Os indivíduos com ELT-EH foram submetidos a: Anamnese clínica; Quality of Life in Epilepsy Inventory (QOLIE-31); Inventário de depressão em transtornos neurológicos para epilepsia (IDTN-E) e índice de bem-estar. Os dados do QOLIE-31, IDTN-E, percepção do índice de bem-estar e a frequências das CE do G. intervenção foram comparados aos do GC. Para a análise estatística forma utilizados testes apropriados com nível de significância de 5%, ou seja, p<0.05. Resultados: Não houve diferença significativa nos dados sociodemográficos quando comparados os indivíduos do G. Acupuntura com os do GC. Os indivíduos do G. intervenção tiveram de modo significativo maior idade no início da epilepsia quando comparada a do GC (Teste exato de Fischer; p=0.017). Os indivíduos do GC tiveram de modo significativo maior idáde tempo de doença quando comparada a do G. intervenção (Teste exato de Fischer; p=0.026). Não houve diferença significativa nos outros dados clínicos da epilepsia entre os grupos. Na primeira semana da avaliação foi observado que os indivíduos do GC apresentaram de modo significativo menor número de CE quando comparado ao do G. intervenção (n=16 (61.5%) vs n=5 (19,2%); p=0.002). Ao avaliar a ocorrência das CE durante as 10 semanas de estudo foi observado que no G. intervenção houve menor número de CE do que o GC, quando comparadas o período da 1a a 5a semanas, 6a a 10a semana e no período total entre a 1a a 10a semanas (Teste Krukall-Wallis). O G. intervenção apresentou de modo significativo melhor percepção de QV (escore total e nas dimensões: Bem-estar emocional, Efeito adverso de medicação e Funcionamento social) quando comparado ao do GC. Ao avaliar a QV (escore total) foi observado que o valor médio nas 10 semanas de seguimento o G. intervenção apresentou de modo significativo mais escores do que o GC (1 a semana: G. intervenção =42,1 (±16,9) vs GC = 46,6 (±6,2); 10a semana: G. intervenção = 65 (±12,4) GC vs GC = 53,5 (±4,3); ANOVA; p<0.001). Os escores do IDTN-E foram diferentes e de modo significativo entre os grupos na 1a semana de avalição. Os indivíduos do G. intervenção pontuaram mais que o GC (la semana: G. intervenção =16,1 (±4,4) vs GC = 13 (±2,9); teste t de student; p=0.005). Ao avaliar o escore total entre a 1a semana e a 10a semana de intervenção foi observado que de modo significativo houve redução dos escores no G. intervenção quando comparado ao do GC (ANOVA; p<0.001). No índice de bem-estar foi observado que de modo significativo os indivíduos do G. intervenção percebem maiores escores, mas de modo significativo nas semanas: 2a, 3a, 6a, 8a,9a e 10. Conclusão: Houve percepção de melhor QV e de bem-estar e redução dos sintomas depressivos e do número médio de crises epilépticas em um período de 10 semanas, nos indivíduos adultos com ELT-EH submetidos a acupuntura.
Introduction: Epilepsy often compromises quality of life (QOL), particularly those difficult-to-control epilepsies with epileptic seizures (ES) refractory to treatment with traditional antiepileptic drugs. In adults, the most prevalent refractory epilepsy is temporal lobe epilepsy with hippocampal sclerosis (TLE-HS). In TLE-HS, depression, cognitive disturbances, and other psychosocial impairments are frequent. Objectives: To evaluate the perception of quality of life (QOL), well-being, the presence of depressive symptoms and the frequency of ES in adult individuals with TLE-HS undergoing acupuncture over a 10-week period. All data were compared to those of a control group constructed by individuals with non-TLE-HS acupuncture. Methodology and procedures: We evaluated 52 subjects with TLE-HE, 26 subjects underwent acupuncture (G. intervention) and 26 subjects participated in the control group (CG) research and not submitted to acupuncture. Subjects with TLE-HE underwent: Clinical history; Quality of Life in Epilepsy Inventory (QOLIE — 31); Depression inventory of neurological disorders for epilepsy (IDTN-E) and well-being index. Data from QOLIE — 31, IDTN-E, perception of well-being index, and frequencies of G. intervention EC were compared to CG. For statistical analysis appropriate tests were used with a significance level of 5%, ie p <0.05. Results: There was no significant difference in sociodemographic data when comparing G. Acupuncture and CG individuals. Intervention G. individuals were significantly older at the beginning of epilepsy when compared to CG (Fischer's exact test; p = 0.017). The individuals in the CG had significantly longer disease duration compared to the G. intervention (Fischer's exact test; p = 0.026). There was no significant difference in other clinical data on epilepsy between groups. In the first week of the evaluation, it was observed that the individuals from the CG presented significantly lower number of ES when compared to the G. intervention (n = 16 (61.5%) vs n = 5 (19.2%); p = 0.002) . When assessing the occurrence of ES during the 10 weeks of study, it was observed that in the G. intervention there was a smaller number of ES than the CG, when comparing the period from the 1st to the 5th weeks, the 6th to the 10th week and the total period between the 1st. the 10th week (Krukall-Wallis Test). The G. intervention significantly improved QOL perception (total score and dimensions: Emotional Wellbeing, Adverse Medication Effect, and Social Functioning) when compared to the CG. When assessing QOL (total score), it was observed that the mean value at 10 weeks of follow-up G. intervention showed significantly increasing scores than the CG (1st week: G. intervention = 42.1 (± 16.9) vs CG = 46.6 (± 6.2); 10th week: G. intervention = 65 (± 12.4) GC vs GC = 53.5 (± 4.3); ANOVA; p <0.001). The IDTN-E scores were significantly different between groups in the first week of evaluation. The individuals from the G. intervention scored higher than the CG (1st week: G. intervention = 16.1 (± 4.4) vs GC = 13 (± 2.9); student's t-test; p = 0.005). When assessing the total score between the 1st week and the 10th week of intervention, it was observed that there was a significant reduction in the G. intervention scores when compared to the CG (ANOVA; p <0.001). In the wel being index it was observed that significantly the individuals of the intervention G. perceive higher scores, but significantly in the weeks: 2nd, 3rd, 6th, 8th, 9th and 10th. Conclusion: There was a perception of better QOL and well-being and reduction of depressive symptoms and mean number of epileptic seizures over a 10-week period in adult individuals with TLE-HE undergoing acupuncture.
Palavras-chave
Epilepsia do lobo temporalQualidade de vida
Acupuntura
Temporal lobe epilypsy
Quality of life
Acupunture