Estudo do funcionamento diferencial do item em um instrumento de avaliação da personalidade
Abrir arquivo
Título alternativo
Study of differential item functioning in a personality assessment instrumentAutor
Orientador
Nakano, Tatiana de CássiaData de publicação
23/02/2012Tipo de conteúdo
DissertaçãoDireitos de acesso
Acesso AbertoMetadados
Mostrar registro completoResumo
Estudos que relacionam traços de personalidade e inteligência (do ponto de vista psicométrico) são bastante recentes e vêm se ampliando devido à constatação de que a inteligência pode exercer influência no modo como as pessoas respondem a testes de personalidade (e vice-versa). Assim, a presente pesquisa buscou verificar, com o uso da estimativa do funcionamento diferencial do item (DIF), a influência do nível de inteligência, sexo e escolaridade nas respostas a um instrumento de auto-relato da personalidade. A amostra foi composta por 161 estudantes, de Ensino Médio e Superior, de ambos os sexos, os quais responderam à Bateria Fatorial de Personalidade e dois subtestes da Bateria de Provas de Raciocínio (raciocínio abstrato e verbal). Para a estimativa do DIF existe a exigência de se trabalhar com 2 grupos, de forma que o procedimento de divisão dos grupos foi a divisão natural para sexo e escolaridade e para o nível de inteligência, os participantes foram divididos em dois grupos: média baixa e média alta. A estimativa da dificuldade de cada grupo em cada um dos 126 itens que compõem o instrumento de personalidade foi calculada, sendo posteriormente comparadas com o objetivo de identificar a presença ou não de DIF. Os resultados demonstraram que, usando dois critérios de medidas de DIF, vemos que, de acordo com o critério de Mantel-Haenzel (contraste maior que 0,42) nenhum dos itens apresentou DIF, entretanto, considerando-se os índices de diferença de probabilidade (menor que 0,05) vemos que para nível de inteligência 11 dos 126 itens apresentaram funcionamento diferencial para os grupos, para escolaridade 17 dos 126 itens apresentaram DIF, e por fim, para sexo 22 dos 126 itens apresentaram funcionamento diferencial para os grupos. Dessa forma pode-se verificar que uma proporção pequena de itens mostraram-se influenciados pelo nível de inteligência do respondente, sendo que a maior parte dos itens que apresentaram DIF pertencem a variável sexo e ao fator Abertura.
Studies relating personality traits and intelligence (from the psychometric point of view) are quite new and have been expanding due to the fact that the intelligence may interfere on the way people respond to personality tests (and vice-versa). This research wanted to verify, based on DIF estimates, the influence of intelligence levels, sex, and education on the responses to a personality self-portrait instrument. The sample was composed of 161 high-school and college students from both genders, who answered a BFP and two subtests of BPR-5 (abstract and verbal). For the DIF estimates, it is required to work with 2 groups; therefore the division of groups was according to gender and education. And for the intelligence level, the participants were separated into two groups: low and high average. The estimates of each group s difficulties in the 126 items that form the personality instrument were calculated and compared in order to check whether DIF was present or not. Two DIF measurement criteria were applied. The results with Mantel-Hanzel´s (contrast higher than 0.42) showed that none of the items presented DIF. However, taking into consideration Probability Difference Indices (lower than 0.05), we found that out of 126 items, DIF was present in the groups as follows: 11 for the intelligence level; 17 for education; and 22 for gender. Thus, it is possible to verify that a small amount of items were influenced by the intelligence level of the participants. Gender and the Aperture factor influenced DIF the most.
Palavras-chave
PersonalidadeTRI
Inteligência
DIF
Personality
TRI
Intelligence
DIF