O debate sobre o urbanismo em Campinas: do relatório de Anhaia Mello ao Plano de Melhoramentos Urbanos (1920-1940)
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The debate about city planning in Campinas: from the Anhaia Mello’s Report to the Urban Improvement Plan (1920-1940)Autor
Orientador
Salgado, IvoneBertoni, AngeloData de publicação
21/02/2018Tipo de conteúdo
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Esta pesquisa tem como objetivo investigar e analisar o debate sobre o urbanismo em Campinas, quando, a partir do final da década de 1920, foi colocada questão sobre a necessidade de remodelação da cidade. O marco do início do debate sobre o urbanismo em Campinas é o ano de 1928, quando o prefeito Orosimbo Maia contratou os engenheiros Jorge de Macedo Vieira e Carl A. Oelsner para elaborar a Planta Cadastral de Campinas, entregue em 1929, que seria a base para os trabalhos técnicos para um plano de urbanismo. No ano de 1929, o então vereador Waldemar Rangel Belfort de Mattos retomou o debate na Câmara Municipal, afirmando que a cidade deveria contratar um urbanista para realizar um plano de remodelação de sua área urbana, indicando o então renomado professor de urbanismo da Escola Polythechnica de São Paulo, Luiz I. R. de Anhaia Mello. Após entendimento entre o então prefeito de Campinas, Orosimbo Maia e Anhaia Mello, o urbanista apresentou um relatório em 12 de outubro de 1929, veiculado tanto na imprensa local, como na paulistana. Anhaia Mello, embora tenha apresentado uma proposta inicial, não chegou a elaborar um plano para a remodelação de Campinas. Os acontecimentos políticos do período, com o golpe de 1930, e o conflito armado de 1932, esvaziaram o debate sobre o urbanismo na cidade. Em 1933, uma nova proposta de remodelação viária foi apresentada pelo engenheiro Carlos W. Stevenson e, em 1934, decidiu-se pela contratação do engenheiro-arquiteto Francisco Prestes Maia para elaboração do plano, aprovado pela municipalidade em 1938, o qual denominou-se Plano de Melhoramentos Urbanos. O plano aprovado configurou-se como uma versão reduzida da proposta de Anhaia Mello, limitando-se a um plano viário, com a abertura de grandes avenidas centrais, e a destruição do patrimônio arquitetônico, cuja implantação foi coordenada pela Comissão de Melhoramentos Urbanos, representado pelos técnicos locais. Estas propostas se inserem no debate internacional no campo do urbanismo, na medida em que as referências ao ideário internacional estão presentes tanto no Relatório Anhaia Mello, de 1929, e nas propostas de Prestes Maia, de 1934. Ainda, apresenta um estudo de caso sobre o plano elaborado para a cidade de Marselha (França) em 1931, pelo arquiteto e professor do Instituto de Urbanismo da Universidade de Paris, Jacques Greber.
This research aims to investigate the debate about the city planning in Campinas, when, from the late 1920’s, the need to remodel the city was posed. The start point of the urban planning debate in Campinas is the year 1928, when Mayor Orosimbo Maia hired the engineers Jorge de Macedo Vieira and Carl A. Oelsnner to elaborate the Campinas city Cadastral Plan, delivered in 1929, which would be the basis for the technical work for a town-planning plan. In 1929, the councilman Waldemar Rangel Belfort de Mattos, resumed the debate in the City Hall, stating that the city should hire an urban planner to carry out a plan to remodel its urban area, indicating the renowned professor of urbanism at the Polythechnica School of São Paulo, Luiz I.R. de Anhaia Mello. After understanding between the mayor of Campinas, Orosimbo Maia and Anhaia Mello, the urban planner presented a report on October 12, 1929, published both in the local press and in the city of São Paulo. Anhaia Mello, although he presented an initial proposal, he did not elaborate a plan for the remodeling of Campinas. The political events of the period, with the coup of 1930, and the armed conflict of 1932, emptied the debate on city planning in the city. In 1933, a new proposal for road remodeling was presented by engineer Carlos W. Stevenson and in 1934, the engineer-architect Francisco Prestes Maia was contracted to prepare the plan, approved by the municipality in 1938, which was called Urban Improvement Plan. The approved plan was set up as a reduced version of the Anhaia Mello proposal, limited to a road plan, with the opening of major central avenues, and the destruction of the architectural heritage, whose implementation was coordinated by the Commission for Urban Improvements, represented by local technicians. These proposals are part of the international debate in the field of urban planning, as the references to the international ideology are present both in the Anhaia Mello Report of 1929 and in the proposals of Prestes Maia in 1934. It also presents a case study on the plan drawn up for the city of Marseille (France) in 1931, by the architect and professor of the Institute of Urbanism of the Paris University, Jacques Greber.
Palavras-chave
Planejamento urbanoIdeário internacional
Campinas
Plano de Melhoramentos Urbanos.
Urban Planning
International idea
Campinas
Urban Improvement Plan.