Requalificação urbana: a Fazenda Roseira e a comunidade Jongo Dito Ribeiro Campinas/SP
Título alternativo
Urban requalification: Fazenda Roseira and the Jongo Dito Ribeiro community Campinas/SPAutor
Orientador
Santos Junior, Wilson Ribeiro dosData de publicação
25/02/2011Tipo de conteúdo
DissertaçãoDireitos de acesso
Acesso AbertoMetadados
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Este trabalho aborda aspectos da luta pela preservação da Fazenda Roseira do Campo Grande antiga fazenda de café e marco referencial cultural e histórico, situada na região noroeste de Campinas,SP, num território entrecortado por extensas avenidas e por importantes rodovias de conexão regional e ocupado por uma população de perfil predominante de baixa renda com forte presença de comunidades de afro descendentes. O entorno da sede convive atualmente com a inserção de um novo loteamento fechado nos terrenos remanescentes da Fazenda. O trabalho analisa a atuação da Comunidade Jongo Dito Ribeiro, articulada a outros movimentos sociais e culturais de origem africana, pela requalificação urbana da Fazenda Roseira bem como o papel do jongo/caxambu que a constituiu enquanto manifestação cultural e política. A Fazenda Roseira, como lugar de memória , constitui a matriz sobre a qual se articulam sínteses do conteúdo social e as formas espaciais, estimuladas pelas ações da comunidade jongueira integrando identidade cultural com a territorialidade na produção do espaço urbano. Combinam-se neste processo a representação de dois segmentos do patrimônio cultural, a sede a Fazenda Roseira, enquanto patrimônio material caracterizado pelas referencias ambientais e arquitetônicas com fragmentos do período colonial e do século XIX, pelas e o patrimônio imaterial do jongo, reconhecido em 2005 pelo IPHAN (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) representado pela Comunidade Jongo Dito Ribeiro, testemunho importante na formação da memória histórica do povo negro na cidade de Campinas.
This paper focuses on aspects of the struggle for preservation of Fazenda Roseira do Campo Grande a former coffee farm and cultural and historic landmark, located in the northwest region of Campinas, SP. Long avenues and important highways connecting major regions in the State cross this area, that is occupied by a low-income population, predominantly African descent. The surroundings of this farm are currently experiencing the insertion of new housing development projects. Thus, the present work examines the actions of Comunidade Jongo Dito Ribeiro, linked to other social and cultural Afro-brazilian movements, for the urban regeneration of Fazenda Roseira, as well as the role of the cultural expression of Jongo, also known as Caxambu, in this process. Fazenda Roseira as a " memory place ", is the matrix on which social dispositions and spatial forms are articulated , stimulated by the actions of the Jongo community integrating cultural identity with territoriality in the production of a urban space. This case presents the combination of two segments of the cultural heritage: in one hand Fazenda Roseira as a material heritage characterized by environmental and architectural fragments from the colonial period and the nineteenth century; in the other hand Jongo as an intangible heritage recognized since 2005 by IPHAN (National Institute of Historical Heritage), is also represented by Comunidade Jongo Dito Ribeiro, an important witness in the construction of the historical memory of black people in the city of Campinas.
Palavras-chave
Requalificação urbanaPatrimônio cultural
Cultura negra
Participação popular
Urban regeneration
Cultural heritage
Black culture
Popular participation