Interpretação literal das isenções do imposto de renda de pessoas físicas (IRPF): ponderação entre a segurança jurídica e o princípio da isonomia tributária
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Autor
Paiva, Vitor Berol da Costa Ribeiro de
Orientador
Minatel, José AntônioData de publicação
09/12/2021Tipo de conteúdo
Trabalho de Conclusão de CursoPrograma de Pós-Graduação
Não se aplicaDireitos de acesso
Acesso abertoMetadados
Mostrar registro completoResumo
No presente trabalho, busca-se discutir o aparente conflito entre a regra do art. 111, II, do
Código Tributário Nacional (CTN) e o princípios constitucionais da isonomia tributária e
segurança jurídica (art. 150, II e art. 5°, caput, CR), no âmbito das isenções do IRPF. Para
alcançar este objetivo, expor-se-ão as hipóteses de isenção pessoal previstas no art. 6º, XV da
Lei 7.713/88. A partir delas, será feita uma reflexão para propor uma saída a esta questão, que
se dará por meio do sopesamento dos princípios da isonomia tributária e da segurança jurídica
no caso concreto ligado às isenções do IRPF. Assim, será possível responder às seguintes
perguntas: a taxatividade do rol de doenças isentivas é inconstitucional? Por que uma pessoa
que possui neoplasia maligna é isenta do IRPF e uma pessoa acometida de elefantíase não o é?
Satisfeitas estas respostas, sustentaremos a tese de que a isenção concedida a certas doenças
não deve impedir que outros doentes igualmente graves gozem deste benefício, sob pena de
ferir o princípio da isonomia tributária.
Palavras-chave
Isonomia tributária 1IRPF 2
Segurança jurídica 3
Isenção pessoal 4
Conflito entre regras e princípios
5. Sopesamento de princípios