Histórias portais, projetos glocais: percursos de um corpo-território pelas colonialidades nas memórias da cidade de Americana
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Portal histories, glocal projects: paths of a body-territory through colonialities in the memories of the city of AmericanaAutor
Orientador
Andrade, Eliane Righi deData de publicação
23/02/2023Tipo de conteúdo
Dissertação de mestradoPrograma de Pós-Graduação
Linguagens, Mídia e ArteDireitos de acesso
Acesso abertoMetadados
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Partindo do olhar para a cidade de Americana, no interior paulista, por meios de meu próprio corpo-território em escrevivência, revisito alguns percursos de memória e mitos de criação peculiares da cidade, a fim de trazer maneiras diversificadas de olhar projetos globais através de histórias locais e do fazer na pesquisa acadêmica. Ao olhar pela perspectiva pós-colonial, questionamos como algumas memórias construídas podem fazer parte da manutenção das colonialidades de saber, ser e poder pela branquitude. A partir da teorização e reflexão de autoras e autores interdisciplinares, passamos pelos estudos de memória, de colonialidade de poder, refletimos sobre a branquitude, sobre o paradoxo da história única e chegamos ao tempo-espaço presente, com embates sociais de reparação histórica e sendo dominados por uma pandemia de fake news no contexto político local e global. Utilizando-me do processo metodológico enquanto percurso decolonial do fazer em artes visuais, elaborei imagens do sentipensar durante o percurso da pesquisa - entre vídeos curta-metragem, colagens e intervenções digitais - que serão apresentados no decorrer do texto, de maneira a fazer parte da narrativa da pesquisa. Consideramos que os contextos locais de conservadorismo, que sustentam uma história única e hegemônica, fazem parte de um projeto global de dominação de raízes coloniais que perpetua seus mecanismos de poder através da linguagem e do poder, mas que estudar a memória revisitando os processos coloniais nas histórias locais sob perspectivas interculturais e cosmopoéticas pode culminar a pensar o contexto global como um portal que se atravessa para um lugar de novas perspectivas e modos de fazer necessários em nossa contemporaneidade.
Starting from the look at the city of Americana, in the interior of São Paulo, in the ways to my own body-territory in escrevivência, I revisit some memory paths and the peculiar creation myths of the city, in order to bring diversified ways of looking at global projects through stories places and doing in academic research. When looking from the postcolonial perspective, it is questioned how some constructed memories can be part of the maintenance of colonialities of knowledge, being and power by whiteness. From the theorization and reflection of interdisciplinary authors, we go through studies of memory, coloniality of power, we reflect on whiteness, on the paradox of the single history and we arrive at the present time-space, with social clashes of historical reparation and being dominated by a fake news pandemic in the local and global political context. Using the methodological process as a decolonial route of doing in visual arts, I elaborated images of feelingthinking during the course of the research - between short films, collages and digital interventions - which will be presented throughout the text, in order to be part of the research narrative. We consider that the local contexts of conservatism, which sustain a unique and hegemonic history, are part of a global project of domination with colonial roots that perpetuates its mechanisms of power through language and power, but that studying memory by revisiting colonial processes in local histories under intercultural and cosmopoetic perspectives, can culminate in thinking of the global context as a portal that goes through to a place of new perspectives and necessary ways of doing in our contemporaneity.
A partir de la mirada sobre la ciudad de Americana, en el interior de São Paulo, en caminos de mi propio cuerpo-territorio en la escritura, reviso algunos caminos de memoria y mitos peculiares de creación de la ciudad, con el fin de traer formas diversificadas de mirar en proyectos globales a través de historias locales y del hacer en investigación académica. Al mirar desde la perspectiva poscolonial, se cuestiona cómo algunas memorias construidas pueden ser parte del mantenimiento de colonialidades de saber, ser y poder por parte de la blanquitud. A partir de la teorización y reflexión de autores interdisciplinarios, recorremos estudios sobre la memoria, la colonialidad del poder, reflexionamos sobre la blanquitud, sobre la paradoja de la historia única y llegamos al tiempo-espacio presente, con choques sociales de reparación histórica y ser dominado por una pandemia de noticias falsas en el contexto político local y global. Utilizando el proceso metodológico como ruta decolonial del hacer en las artes visuales, elaboré imágenes de sentirpensar durante el transcurso de la investigación -entre cortometrajes, collages e intervenciones digitales- que serán presentadas a lo largo del texto, con el fin de formar parte del narrativa de la investigación. Consideramos que los contextos locales de conservadurismo, que sustentan una historia única y hegemónica, son parte de un proyecto global de dominación con raíces coloniales que perpetúa sus mecanismos de poder a través del lenguaje y el poder, pero que estudia la memoria revisitando los procesos coloniales en las historias locales. bajo perspectivas interculturales y cosmopoéticas, puede culminar en pensar el contexto global como un portal que transita hacia un lugar de nuevas miradas y modos de hacer necesarios en nuestra contemporaneidad.
Palavras-chave
MemóriaCorpo-território
Decolonial
Artes Visuais
Sentipensar
Memory
Body-territory
Decolonial
Visual arts
Feelthink
Cuerpo-territorio
Artes visuales
Sentirpensar