O papel do fonoaudiólogo junto ao idoso hospitalizado: revisão integrativa de literatura
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Autor
Orientador
Oliveira, Iara Bittante deData de publicação
30/11/2021Tipo de conteúdo
Trabalho de Conclusão de CursoPrograma de Pós-Graduação
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Acesso abertoMetadados
Mostrar registro completoResumo
Com o envelhecimento populacional no Brasil estima-se que em 2050 a população idosa corresponderá a 30% da população brasileira, ao passo que as crianças representarão 14%. O crescimento da população idosa brasileira tem-se mostrado rápido, uma vez que que a taxa de expectativa de vida ao nascer foi apontada em 2016, em 75,72 anos, consequentemente o perfil da população idosa vem se modificando. Objetivo: Caracterizar a atuação do fonoaudiólogo no ambiente hospitalar, especificamente com pacientes idosos, internados em enfermarias ou em unidades de terapia intensiva. Metodologia: Estudo de revisão integrativa de literatura, de caráter qualitativo, analítico descritivo em que foram selecionados e analisados artigos científicos originais, nacionais, publicados na íntegra, entre os anos de 2011 e 2020, que estudaram e avaliaram a atuação fonoaudiológica hospitalar com pacientes idosos. A procura pelos artigos foi feita nas bases de dados Scientific Eletronic Library Online e na Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciência da Saúde, com os descritores Idoso, Hospitalização, Geriatria, Fonoaudiologia e Transtornos de Deglutição. Resultados: Foram selecionados quatro artigos que responderam aos critérios de inclusão. Foi possível perceber predomínio do sexo feminino nas amostras dos estudos selecionados, voltados ao idoso hospitalizado, que receberam cuidados fonoaudiológicos, havendo média de idade de 72,61 anos. Obtiveram-se como principais causas de adoecimento e consequente internação da população estudada as demências de diferentes ordens e os cânceres, sendo a disfagia a queixa de maior prevalência, resultando o motivo da atuação fonoaudiológica junto a estes pacientes. No entanto, não foram encontrados nos artigos propostas de intervenção voltadas a comprometimentos de comunicação. Discussão: Os estudos consideraram como idosas, pessoas a partir de 60 anos (média de 72,61 anos), no entanto àquele período dos estudos a lei que considera idosa a pessoa cuja idade é 65 anos ainda não estava em vigor. Observaram-se como causas principais das demências dos idosos hospitalizados atendidos em fonoaudiologia a Doença de Alzheimer e Doença de Parkinson, ambas as doenças de ordem neurológica que têm dentre outras consequências, a disfagia. Nos estudos encontraram-se atuações da fonoaudiologia com pacientes que se encontravam em vias alternativas de alimentação, para os quais o fonoaudiólogo interveio em avaliação visando a retirada de via alternativa de alimentação ou mesmo decidindo pela colocação da mesma e ainda, avaliando o risco de broncoaspiração. A intervenção fonoaudiológica envolveu ações como modificação de consistências alimentares, técnica de múltiplas deglutições e deglutição com esforço, estimulação sensorial, exercícios oromiofuncionais e técnicas vocais. Conclusão: Os casos mais atendidos pelos fonoaudiólogos no ambiente hospitalar, com os pacientes idosos estão relacionados à disfagia mecânica, neurogênica e/ou mista. Há necessidade de mais estudos que discutam a atuação do fonoaudiólogo junto a idosos hospitalizados principalmente relacionado aos comprometimentos de comunicação, que não foram citados nos estudos.
Palavras-chave
IdosoHospitalização
Geriatria
Fonoaudiologia
Transtornos de deglutição