Transplante autólogo de células-tronco para o tratamento de mieloma múltiplo
Abrir arquivo
Autor
Orientador
Teles, Lediana Iagalo MiguelData de publicação
28/11/2024Tipo de conteúdo
Trabalho de Conclusão de CursoPrograma de Pós-Graduação
Não se aplicaDireitos de acesso
Acesso abertoMetadados
Mostrar registro completoResumo
O Mieloma Múltiplo (MM) é uma neoplasia hematológica resultante da proliferação clonal de células plasmáticas anormais. Embora as causas exatas não estejam claramente definidas, diversos fatores de risco têm sido associados ao seu desenvolvimento. As manifestações clínicas incluem sintomas como dor óssea, anemia, hipercalcemia e comprometimento renal. Para o diagnóstico, é necessária uma avaliação clínica e laboratorial abrangente, que inclui exames de sangue, urina, aspirado de medula óssea e exames de imagem. Entre as abordagens terapêuticas, destaca-se o transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), considerado o padrão-ouro, especialmente para pacientes em estágio avançado ou refratário. Este trabalho teve como objetivo compreender o papel do TCTH autólogo no tratamento do mieloma múltiplo por meio de uma revisão de literatura qualitativa narrativa dos últimos 10 anos, em bases de dados como Scielo e PubMed. O transplante autólogo de células-tronco auxilia na evolução prognóstica, prolongando a sobrevida dos pacientes e tornando-se uma etapa fundamental no planejamento terapêutico. No entanto, é possível observar recaídas durante a evolução da doença. Pacientes elegíveis para o TCTH apresentam uma média de sobrevida de quatro anos, podendo aumentar para oito anos nos mais jovens e cinco anos em idosos acima de 75 anos após o transplante. Além disso, o TCTH gera uma economia para o Sistema de Saúde Brasileiro, uma vez que os pacientes aprovados pelo Sistema Nacional de Transplantes resultam em menores custos diretos com o tratamento. Outra vantagem do TCTH é a redução na queda da contagem de neutrófilos, menor em comparação ao transplante alogênico, o que reduz a frequência de infecções póstransplante. É crucial enfatizar a necessidade de mais pesquisas para não apenas otimizar as técnicas de transplante, mas também para buscar terapias que possam levar à cura definitiva do MM. Portanto, um enfoque colaborativo entre pesquisadores, clínicos e pacientes é fundamental para avançar no enfrentamento dessa doença complexa. O futuro do tratamento do Mieloma Múltiplo dependerá da integração de novas descobertas científicas e do aprimoramento contínuo das práticas clínicas, com o objetivo de alcançar melhores resultados e, eventualmente, a cura.
Multiple Myeloma (MM) is a hematologic neoplasm resulting from the clonal proliferation of abnormal plasma cells. Although the exact causes are not clearly defined, several risk factors have been associated with its development. Clinical manifestations include symptoms such as bone pain, anemia, hypercalcemia, and renal impairment. A comprehensive clinical and laboratory evaluation is required for diagnosis, including blood, urine, bone marrow aspirate, and imaging tests. Among the therapeutic approaches, autologous hematopoietic stem cell transplantation (HSCT) stands out, considered the gold standard, especially for patients in advanced or refractory stages. This study aimed to understand the role of autologous HSCT in the treatment of multiple myeloma through a narrative qualitative literature review of the last 10 years, in databases such as Scielo and PubMed. Autologous stem cell transplantation helps in the prognostic evolution, prolonging patient survival and becoming a fundamental step in therapeutic planning. However, relapses may occur during the course of the disease. Patients eligible for HSCT have an average survival of four years, which can increase to eight years in younger patients and five years in elderly patients over 75 years of age after transplantation. In addition, HSCT generates savings for the Brazilian Health System, since patients approved by the National Transplant System result in lower direct treatment costs. Another advantage of HSCT is the reduction in the drop in neutrophil count, which is lower compared to allogeneic transplantation, which reduces the frequency of post-transplant infections. It is crucial to emphasize the need for more research to not only optimize transplantation techniques, but also to seek therapies that can lead to a definitive cure for MM. Therefore, a collaborative approach between researchers, clinicians and patients is essential to advance in tackling this complex disease. The future of Multiple Myeloma treatment will depend on the integration of new scientific discoveries and the continuous improvement of clinical practices, with the aim of achieving better results and, eventually, a cure.
Palavras-chave
Mieloma MúltiploTransplante Autólogo
Tratamento
Diagnóstico
Multiple Myeloma
Autologous Transplantation
Treatment
Diagnosis