Vitamina de covid-19: níveis plasmáticos de calcidiol em indivíduos com covid-19

Abstract

A vitamina D, na forma ativa de 1α, 25-di-hidroxivitamina D (calcitriol), está envolvida em vários mecanismos fisiopatológicos, como a manutenção da integridade dos tecidos; a estimulação da síntese de catelicidina com função antimicrobiana; a estimulação de processos antioxidantes e diminuição do estresse oxidativo; a modulaçãoda atividade do sistema renina-angiotensina, favorecendo a regulação do tônus vascular, da diurese e da pressão arterial; a modulação do sistema de coagulação; a modulação da imunidade específica, reprimindo a síntese e secreção de citocinas pró-inflamatórias e aumentando a síntese de citocinas anti-inflamatóriase o estímulo da síntese de surfactante em células alveolares do tipo II, reduzindo a tensão superficial e melhorando a função pulmonar; com a regeneração do revestimento endotelial e a diminuição do desenvolvimento de fibrose pulmonar.Em decorrência, a deficiência da vitamina D pode estar associada ao aumento da infecção por SARS-Cov-2 e a maior suscetibilidade à doença COVID-19. Com o objetivo de verificar a relação da vitamina D e COVID-19, foram analisados dados de níveis plasmáticos de calcidiol em pacientes afetados com a infecção por COVID-19, obtidos através de levantamento bibliográfico realizado na base de dados Scielo e PubMed. Foram selecionados 29 estudos, publicados no período de 2020 a 2022, que analisaram 3814 pacientes. Destes, 2293 (60,12 %) apresentaram insuficiência de vitamina D, especificamente, com a concentração plasmática de calcidiol entre 10 e 19,9 ng/mL. Apenas 28,08 % apresentaram a concentração de calcidiol na faixa do desejável, de 20 a 60 ng/mL. Embora o nível considerado de deficiência de Vitamina D (< 10 ng/mL) tenha sido verificado em apenas 11,80 % dos pacientes, a grande maioria apresentou insuficiência de vitamina D circulante, corroborando a relação inversa de nível plasmático de Vitamina D e infecção por SARS-Cov-2 e desenvolvimento da COVID-19

Vitamin D, in the active form of 1α, 25-dihydroxyvitamin D (calcitriol), is involved in several pathophysiological mechanisms, such as maintaining tissue integrity; stimulation of cathelicidin synthesis with antimicrobial function; the stimulation of antioxidant processes and reduction of oxidative stress; modulation of the activity of the renin-angiotensin system, favoring the regulation of vascular tone, diuresis and blood pressure; modulation of the coagulation system; modulation of specific immunity, repressing the synthesis and secretion of pro-inflammatory cytokines and increasing the synthesis of anti-inflammatory cytokines and stimulating surfactant synthesis in type II alveolar cells, reducing surface tension and improving lung function; with the regeneration of the endothelial lining and the reduction in the development of pulmonary fibrosis. As a result, vitamin D deficiency may be associated with an increase in SARS-Cov-2 infection and greater susceptibility to COVID-19 disease. With the aim of verifying the relationship between vitamin D and COVID-19, data on plasma calcidiol levels in patients affected by COVID-19 infection were analyzed, obtained through a bibliographic survey carried out in the Scielo and PubMed databases. 29 studies were selected, published between 2020 and 2022, which analyzed 3814 patients. Of these, 2293 (60.12%) had vitamin D insufficiency, specifically, with the plasma concentration of calcidiol between 10 and 19.9 ng/mL. Only 28.08% had a calcidiol concentration in the desirable range, from 20 to 60 ng/mL. Although the considered level of Vitamin D deficiency (< 10 ng/mL) was found in only 11.80% of patients, the vast majority had insufficient circulating vitamin D, corroborating the inverse relationship between plasma Vitamin D levels and infection. by SARS-Cov-2 and development of COVID-19

La vitamina D, en la forma activa de 1α,25-dihidroxivitamina D (calcitriol), participa en varios mecanismos fisiopatológicos, comoel mantenimiento de la integridad de los tejidos; estimulación de la síntesis de catelicidina con función antimicrobiana; la estimulación de procesos antioxidantes y reducción del estrés oxidativo; modulación de la actividad del sistema renina-angiotensina, favoreciendo la regulación del tono vascular, la diuresis y la presión arterial; modulación del sistema de coagulación; modulación de la inmunidad específica, reprimiendo la síntesis y secreción de citocinas proinflamatorias y aumentando la síntesis de citocinas antiinflamatorias y estimulando la síntesis de surfactante en las células alveolares tipo II, reduciendo la tensión superficial y mejorando la función pulmonar; con la regeneración del revestimiento endotelial y la reducción del desarrollo de fibrosis pulmonar. Como resultado, la deficiencia de vitamina D puede estar asociada con un aumento de la infección por SARS-Cov-2 y una mayor susceptibilidad a la enfermedad COVID-19. Con el objetivo de verificar la relación entre vitamina D y COVID-19, se analizaron datos sobre los niveles plasmáticos de calcidiol en pacientes afectados por la infección por COVID-19, obtenidos a través de una encuesta bibliográfica realizada en las bases de datos Scielo y PubMed. Se seleccionaron 29 estudios, publicados entre 2020 y 2022, que analizaron 3814 pacientes. De ellos, 2.293 (60,12%) presentaban insuficiencia de vitamina D, concretamente, con una concentración plasmática de calcidiol entre 10 y 19,9 ng/mL. Sólo el 28,08% tenía una concentración de calcidiol en el rango deseable, de 20 a 60 ng/mL. Aunque el nivel considerado de deficiencia de vitamina D (< 10 ng/mL) se encontró en solo el 11,80% de los pacientes, la gran mayoría tenía vitamina D circulante insuficiente, corroborando la relación inversa entre los niveles plasmáticos de vitamina D y la infección por SARS-Cov-. 2 y desarrollo de COVID-19