Este trabalho, de cunho teórico, discute, a partir de algumas contribuições da Psicologia Contra-Hegemônica e do Materialismo Histórico e Dialético, as possibilidades de uma real emancipação humana. Retomando, aqui, as transformações desse conceito – primeiro, em seu sentido objetivo, desde os primórdios do direito romano em sua relação com a propriedade privada e o direito à herança; e, posteriormente, subjetivo, a partir do surgimento do conceito de sujeito –, analisamos, pela relação entre as condições concretas e os processos psicológicos envolvidos, o papel da emancipação política na emancipação humana. Buscamos, assim, diferentemente das propostas vanguardistas dentro do marxismo, resgatar o protagonismo dos sujeitos na transformação radical do mundo. No intuito, também, de renovarmos o diálogo entre a teoria social marxiana e marxista com a psicologia, examinaremos a história dessa relação revelando e aprofundando algumas das questões que permanecem abertas e controversas. Ao tratarmos das funções psicológicas, discutindo os conceitos de “capacidade de ação”, “ponto de vista do sujeito”, “personalidade” e “afetividade” – a partir das contribuições da Psicologia Histórico-Cultural e da Psicologia Crítica da tradição alemã –, analisamos a viabilidade de uma subjetividade revolucionária. Propomos, assim, uma revisão epistemológica e ontológica da psicologia e de seu papel social e apontamos para algumas possibilidades de diálogo com a educação e com a arte.
This theoretical work discuss, from some contributions of Counter-Hegemonic Psychology and Dialectical & Historical Materialism, the possibilities of a real human emancipation. Returning here to the transformations of this concept – first, in its objective sense, from the origins of Roman law in its relationship with private property and the right to inheritance; and, subsequently, subjective, from the emergence of the concept of subject – we analyze, in the relationship between the concrete conditions and the psychological processes involved, the role of political emancipation in human emancipation. Thus, unlike the avant-garde proposals within Marxism, we aim to rescue the protagonism of subjects in the radical transformation of the world. In order to renew the dialogue between Marxian and Marxist social theory and psychology, we will examine this history of this relationship revealing and deepening some of the questions that remain open and controversial. By analyzing psychological functions, discussing the concepts of “action potence”, “subject's point of view”, “personality” and “affectivity” - from the contributions of Historical-Cultural Psychology and Critical Psychology of the German tradition - we analyze the feasibility of a revolutionary subjectivity. We therefore propose an epistemological and ontological review of psychology and some possibilities of dialogue with education and art.
Este trabajo teórico discute, desde una Psicología Contrahegemónica y desde el Materialismo Histórico y Dialéctico, las posibilidades de una verdadera emancipación humana. Recuperando aquí a las transformaciones de este concepto – primero, en su sentido objetivo, desde el comienzo del derecho romano en su relación con la propiedad privada y el derecho a la herencia; y, más tarde, subjetivo, desde la aparición del concepto de sujeto – analizamos, en la relación entre las condiciones concretas y los procesos psicológicos implicados, el papel de la emancipación política en la emancipación humana. Por lo tanto, buscamos, a diferencia de las propuestas de vanguardia dentro del marxismo, rescatar el protagonismo de los sujetos en la transformación radical del mundo. También para renovar el diálogo entre la teoría social marxiana y marxista con la psicología, examinaremos la historia de esta relación revelando y profundizando algunas de las cuestiones que permanecen abiertas y polémicas. En el estudio de las funciones psicológicas, discutiendo los conceptos de "capacidad de acción", "punto de vista del sujeto", "personalidad" y "afectividad" - desde las contribuciones de la Psicología Histórico-cultural y de la Psicología Crítica de la tradición alemana - se analiza la viabilidad de una subjetividad revolucionaria. Proponemos, por consiguiente, una revisión epistemológica y ontológica de la psicología y su función social, señalando algunas posibilidades de diálogo con la educación y el arte.