dc.description.abstract | Com o envelhecimento populacional no Brasil estima-se que em 2050 a
população idosa corresponderá a 30% da população brasileira, ao passo que as
crianças representarão 14%. O crescimento da população idosa brasileira tem-se
mostrado rápido, uma vez que que a taxa de expectativa de vida ao nascer foi
apontada em 2016, em 75,72 anos, consequentemente o perfil da população idosa
vem se modificando. Objetivo: Caracterizar a atuação do fonoaudiólogo no
ambiente hospitalar, especificamente com pacientes idosos, internados em
enfermarias ou em unidades de terapia intensiva. Metodologia: Estudo de revisão
integrativa de literatura, de caráter qualitativo, analítico descritivo em que foram
selecionados e analisados artigos científicos originais, nacionais, publicados na
íntegra, entre os anos de 2011 e 2020, que estudaram e avaliaram a atuação
fonoaudiológica hospitalar com pacientes idosos. A procura pelos artigos foi feita nas
bases de dados Scientific Eletronic Library Online e na Literatura Latino-Americana e
do Caribe em Ciência da Saúde, com os descritores Idoso, Hospitalização, Geriatria,
Fonoaudiologia e Transtornos de Deglutição. Resultados: Foram selecionados
quatro artigos que responderam aos critérios de inclusão. Foi possível perceber
predomínio do sexo feminino nas amostras dos estudos selecionados, voltados ao
idoso hospitalizado, que receberam cuidados fonoaudiológicos, havendo média de
idade de 72,61 anos. Obtiveram-se como principais causas de adoecimento e
consequente internação da população estudada as demências de diferentes ordens
e os cânceres, sendo a disfagia a queixa de maior prevalência, resultando o motivo
da atuação fonoaudiológica junto a estes pacientes. No entanto, não foram
encontrados nos artigos propostas de intervenção voltadas a comprometimentos de
comunicação. Discussão: Os estudos consideraram como idosas, pessoas a partir
de 60 anos (média de 72,61 anos), no entanto àquele período dos estudos a lei que
considera idosa a pessoa cuja idade é 65 anos ainda não estava em vigor.
Observaram-se como causas principais das demências dos idosos hospitalizados
atendidos em fonoaudiologia a Doença de Alzheimer e Doença de Parkinson, ambas
as doenças de ordem neurológica que têm dentre outras consequências, a disfagia.
Nos estudos encontraram-se atuações da fonoaudiologia com pacientes que se
encontravam em vias alternativas de alimentação, para os quais o fonoaudiólogo
interveio em avaliação visando a retirada de via alternativa de alimentação ou
mesmo decidindo pela colocação da mesma e ainda, avaliando o risco de
broncoaspiração. A intervenção fonoaudiológica envolveu ações como modificação
de consistências alimentares, técnica de múltiplas deglutições e deglutição com
esforço, estimulação sensorial, exercícios oromiofuncionais e técnicas vocais.
Conclusão: Os casos mais atendidos pelos fonoaudiólogos no ambiente hospitalar,
com os pacientes idosos estão relacionados à disfagia mecânica, neurogênica e/ou
mista. Há necessidade de mais estudos que discutam a atuação do fonoaudiólogo
junto a idosos hospitalizados principalmente relacionado aos comprometimentos de
comunicação, que não foram citados nos estudos. | pt_BR |