dc.contributor.advisor | Enumo, Sônia Regina Fiorim | |
dc.contributor.author | Araujo, Murilo Fernandes de | |
dc.date.accessioned | 2023-05-17T12:14:09Z | |
dc.date.available | 2023-05-17T12:14:09Z | |
dc.date.issued | 2023-02-27 | |
dc.identifier.uri | http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16927 | |
dc.description.abstract | Os efeitos cumulativos das transações entre sistemas de desenvolvimento podem ter
funções adaptativas ou mal-adaptativas dependendo dos resultados do balanço entre
fatores de risco e de proteção nos contextos das crianças. Na Primeira Infância, as
cascatas desenvolvimentais podem alterar a autorregulação, influenciando os
desfechos acadêmicos e sociais, e de saúde física e mental. Este estudo investigou
alguns processos psicológicos significativos à ocorrência de cascatas
desenvolvimentais no terceiro ano da pandemia de COVID-19 - o estresse familiar e
seu enfrentamento pela criança em idade pré-escolar, seus problemas emocionais e
de comportamento, e o estilo parental, segundo a percepção dos pais. Durante o ano
de 2022, 162 pais de crianças entre 4 e 6 anos de idade responderam de forma online
a três ondas de coleta de dados sobre como seus filhos lidaram com o estresse
familiar (Responses to Stress Questionnaire-Family Stress-PR), a influência parental
no enfrentamento da criança (Parent as Social Context Questionnarie - QEDP), e as
dificuldades e capacidades da criança (Strengths and Difficulties Questionnaire –
SDQ- versão dos pais), além de dados sociodemográficos. Foram feitas medidas de
estatística descritiva e a análise de rede para verificar as relações entre as variáveis.
Nesse ano de retorno às aulas presenciais, o estresse familiar aumentou ao longo
das três ondas, sendo os problemas escolares e de relacionamento com os pais os
estressores mais relatados. As crianças apresentaram aumento em todas as
categorias de dificuldades emocionais e comportamentais, destacando-se os
sintomas emocionais, além de níveis baixos e constantes nos indicadores de
comportamento pró-social, com as meninas apresentando mais problemas de
relacionamento. As respostas involuntárias de estresse tiveram níveis crescentes nas
três ondas, com um decréscimo de respostas voluntárias de enfrentamento,
especialmente nas crianças de 5-6 anos e nos meninos, mas todas percebendo-se
com pouco controle da situação, segundo seus pais. Houve uma pequena diminuição
no uso do estilo parental “democrático” e um aumento no uso do estilo “autoritário”,
especialmente com as crianças mais velhas. O estilo autoritário contribuiu para pior
funcionamento familiar e dos níveis de estresse familiar, e para desfechos negativos;
e o estilo democrático foi o que mais contribuiu para melhores indicadores. Respostas
mal-adaptativas ao estresse e dificuldades emocionais e comportamentais das
crianças estavam se retroalimentando, indicando possíveis cascatas
desenvolvimentais com efeitos negativos. Na O3, o aumento do uso do estilo parental
autoritário, com mais hostilidade verbal, coerção e punição, pode estar associado ao
aumento da frequência das dificuldades apresentadas pela criança. O Engajamento
por Coping de Controle Secundário (aceitação, distração, reestruturação cognitiva e
pensamento positivo) apresentou alta conectividade negativa com essas categorias,
sugerindo o estilo parental como possível foco para intervenção. Os dados indicaram
que, de forma transacional, os pais foram também afetados pelos estressores
familiares, pelas dificuldades dos filhos e desfechos negativos das cascatas
desenvolvimentais, alterando seu papel de corregulador do desenvolvimento. Esses
resultados contribuem para a compreensão dos intrincados processos que ocorrem
nessa etapa de desenvolvimento, especialmente em contexto da pandemia,
subsidiando intervenções futuras com foco na maximização dos fatores de proteção
relacionados a esses processos. | pt_BR |
dc.description.abstract | The cumulative effects of transactions between developmental systems can have
adaptive or maladaptive functions depending on the outcomes of the balance between
risk and protective factors in children's contexts. In Early Childhood, developmental
cascades can alter self-regulation, influencing academic and social outcomes, and
both physical and mental health. This study investigated some psychological
processes significant to the occurrence of developmental cascades in the third year of
the COVID-19 pandemic - family stress and its coping by the preschool child, their
emotional and behavioral problems, and parenting style as perceived by parents.
During 2022, 162 parents of children aged 4 to 6 years responded online to three
waves of data collection on how their children coped with family stress (Responses to
Stress Questionnaire-Family Stress-PR), parental influence on their child's coping
(Parenting Styles and Dimensions Questionnaire - PSDQ), and their child's difficulties
and strengths (Strengths and Difficulties Questionnaire - SDQ-parents' version), in
addition to sociodemographic data. Descriptive statistics and network analysis were
performed to verify the relationships among the variables. In this year of return to
presential school, family stress increased over the three waves, with school and
relationship problems with parents being the most reported stressors. Children
showed increases in all categories of emotional and behavioral difficulties, with
emotional symptoms standing out, as well as consistently low levels in the pro-social
behavior indicators, with girls showing more relationship problems. Involuntary stress
responses had increasing levels in all three waves, with a decrease in voluntary coping
responses, especially in the 5–6 year-olds and boys, but all perceiving themselves as
having little control over the situation, according to their parents. There was a small
decrease in the use of the "democratic" style of parenting and an increase in the use
of the "authoritarian" style, especially with the older children. The authoritarian style
contributed to worse family functioning and family stress levels, and to negative
outcomes; and the democratic style contributed most to better indicators. Maladaptive
stress responses and children's emotional and behavioral difficulties were feeding
back on each other, indicating possible developmental cascades with negative effects.
At Wave 3, increased use of authoritarian parenting style, with more verbal hostility,
coercion, and punishment, may be associated with increased frequency of difficulties
presented by the child. Secondary Control Coping Engagement (acceptance,
distraction, cognitive restructuring, and positive thinking) showed high negative
connectivity with these categories, suggesting parenting style as a possible focus for
intervention. The data indicated that transactionally, parents were also affected by
family stressors, child difficulties, and negative outcomes of the developmental
cascades, altering their role as developmental co-regulator. These results contribute
to the understanding of the intricate processes that occur at this stage of development,
especially in the context of the pandemic, subsidizing future interventions focused on
maximizing the protective factors related to these processes. | pt_BR |
dc.description.abstract | Les effets cumulatifs des transactions entre les systèmes de développement peuvent
avoir des fonctions adaptatives ou inadaptées en fonction des résultats de l'équilibre
entre les facteurs de risque et de protection dans les contextes des enfants. Dans la
petite enfance, les cascades développementales peuvent altérer l'autorégulation,
influencer les résultats scolaires et sociaux, ainsi que la santé physique et mentale.
Cette étude a examiné certains processus psychologiques significatifs pour
l'apparition de cascades de développement au cours de la troisième année de la
pandémie COVID-19 - le stress familial et sa gestion par l'enfant d'âge préscolaire,
ses problèmes émotionnels et comportementaux, et le style parental tel que perçu par
les parents. En 2022, 162 parents d'enfants âgés de 4 à 6 ans ont répondu en ligne à
trois vagues de collecte de données sur la façon dont leurs enfants faisaient face au
stress familial (Responses to Stress Questionnaire-Family Stress-PR), l'influence des
parents sur l'adaptation de leur enfant (Parenting Styles and Dimensions
Questionnaire - PSDQ), et les difficultés et les points forts de leur enfant (Strengths
and Difficulties Questionnaire - SDQ-parents’ version), en plus de données
sociodémographiques. Des statistiques descriptives et une analyse de réseau ont été
réalisées pour vérifier les relations entre les variables. En cette année de retour à
l'école présentielle, le stress familial a augmenté au cours des trois vagues, l'école et
les problèmes relationnels avec les parents étant les facteurs de stress les plus
rapportés. Les enfants ont montré des augmentations dans toutes les catégories de
difficultés émotionnelles et comportementales, les symptômes émotionnels se
démarquant, ainsi que des niveaux constamment bas dans les indicateurs de
comportement pro-social, les filles montrant plus de problèmes relationnels. Les
réponses involontaires au stress ont connu des niveaux croissants dans les trois
vagues, avec une diminution des réponses volontaires d'adaptation, surtout chez les
5-6 ans et les garçons, mais tous se percevaient comme ayant peu de contrôle sur la
situation, selon leurs parents. On a constaté une légère diminution de l'utilisation du
style parental «démocratique» et une augmentation de l'utilisation du style
«autoritaire», surtout chez les enfants plus âgés. Le style autoritaire a contribué à une
détérioration du fonctionnement de la famille et des niveaux de stress familial, ainsi
qu'à des résultats négatifs, tandis que le style démocratique a surtout contribué à de
meilleurs indicateurs. Les réponses maladaptées au stress et les difficultés
émotionnelles et comportementales des enfants se renvoyaient l'une à l'autre,
indiquant de possibles cascades développementales aux effets négatifs. Lors de la
troisième vague, l'utilisation accrue du style parental autoritaire, avec plus d'hostilité
verbale, de coercition et de punitions, peut être associée à une fréquence accrue des
difficultés présentées par l'enfant. L'engagement dans le contrôle secondaire de
l'adaptation (acceptation, distraction, restructuration cognitive et pensée positive) a
montré une forte connectivité négative avec ces catégories, ce qui suggère que le
style parental pourrait être un axe d'intervention. Les données indiquent que, sur le
plan transactionnel, les parents sont également affectés par les facteurs de stress
familiaux, les difficultés de l'enfant et les résultats négatifs des cascades
développementales, ce qui modifie leur rôle de corégulateur développemental. Ces
résultats contribuent à la compréhension des processus complexes qui se produisent
à ce stade du développement, en particulier dans le contexte de la pandémie, ce qui
permettra de subventionner de futures interventions visant à maximiser les facteurs
de protection liés à ces processus. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.publisher | Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) | pt_BR |
dc.rights | Acesso aberto | pt_BR |
dc.subject | Stress | pt_BR |
dc.subject | Coping | pt_BR |
dc.subject | Parentalidade | pt_BR |
dc.subject | Pré-escolares | pt_BR |
dc.subject | COVID-19 | pt_BR |
dc.subject | Parenting | pt_BR |
dc.subject | Preschoolers | pt_BR |
dc.subject | Parentalité | pt_BR |
dc.subject | Enfants d'âge préscolaire | pt_BR |
dc.title | Cascatas desenvolvimentais em pré-escolares: estudo longitudinal durante a pós-pandemia | pt_BR |
dc.title.alternative | Developmental cascades in preschoolers: a longitudinal study during the post-pandemic | pt_BR |
dc.type | Tese de doutorado | pt_BR |
dc.contributor.institution | Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) | pt_BR |
dc.description.sponsorshipId | 001 | pt_BR |
dc.identifier.lattes | 9512250460921800 | pt_BR |
puc.advisorLattes | 6611875189543103 | pt_BR |
puc.referee | Cury, Vera Engler | |
puc.referee | Dellazzana-Zanon, Letícia Lovato | |
puc.referee | Justo, Ana Paula | |
puc.referee | Barros, Maria Luísa Torres Queiroz de | |
puc.referee | Loss, Alessandra Brunoro Motta | |
puc.refereeLattes | 3414308343809480 | pt_BR |
puc.refereeLattes | 7738167015455111 | pt_BR |
puc.refereeLattes | 6796070873328787 | pt_BR |
puc.refereeLattes | 7683342929810152 | pt_BR |
puc.refereeLattes | 7998859528545129 | pt_BR |
puc.center | Escola de Ciências da Vida | pt_BR |
puc.graduateProgram | Psicologia | pt_BR |
puc.embargo | Online | pt_BR |
puc.undergraduateProgram | Não se aplica | pt_BR |