Qualidade do morar feminino em conjuntos habitacionais financiados por programas governamentais: estudo de caso no município de Osasco, SP.
Author
Advisor
Samora, Patricia RodriguesDate
23/02/2023Content Type
Dissertação de mestradoPostgraduate Program
Arquitetura e UrbanismoAccess rights
Acesso abertoMetadata
Show full item recordAbstract
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, 55,7% dos lares em situação de pobreza e extrema pobreza no Brasil eram chefiados por mulheres mãe-solo responsáveis por crianças menores de 14 anos. Sabe-se, igualmente, que as necessidades femininas tendem a ser invisibilizadas: sua relação consigo no espaço-lar; a mulher mãe; a mulher cuidadora – os cuidados de filhos e parentes idosos tendem a recair sobre a mulher e sobrecarregá-la – além do trabalho, sua mobilidade do conjunto habitacional até o espaço de trabalho, a creche/escola, mercado, espaços de lazer e saúde. Ademais, os conjuntos habitacionais de interesse social no Brasil contemporâneo comumente carecem de planejamento e inserção urbana eficientes. Pretende-se, portanto, estudar as relações espaciais, sociais e urbanísticas que os espaços de conjuntos habitacionais e, em especial a sua inserção no tecido urbano, podem criar, de maneira a salientar a importância do envolvimento da população afetada no processo. Para tal, faz-se, então, pesquisa bibliográfica de obras de autores como, Lélia Gonzalez, Augusta Pelinski Raiher, Edenilse Pellegrini da Rosa, Raquel Rolnik, entre outros, priorizando obras de autoria feminina para elucidar as desigualdades enfrentadas pelas mulheres na sociedade e no espaço construído, além de interpretação de dados de indicadores como IPEA e IBGE. Ademais, foram elencados 4 estudos de caso para ilustrar de forma empírica como o espaço construído de moradia e sua inserção urbana podem afetar o cotidiano feminino, contando com análise dos conjuntos COPROMO, Gina Bortolosso, Flamenguinho Emancipadores e Área dos Portais em Osasco, SP, nos quais foram realizadas visitas in-loco e estudos de entorno, assim como recolhimento de depoimentos espontâneos de corpo técnico da Secretaria de Habitação da prefeitura de Osasco.
According to the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), in 2018, 55.7% of households in poverty and extreme poverty in Brazil were headed by single-mothers responsible for children under 14 years of age. It is also known that female needs tend to be made invisible: their relationship with themselves in the home space; the mother; the female caregiver – as the care of children and elderly relatives tends to befall on women overwhelming them – in addition to work, her mobility from the housing complex to the workspace, daycare/school, market, leisure and health spaces. Furthermore, social interest housing complexes in contemporary Brazil commonly lack efficient planning and urban integration. It is intended, therefore, to study the spatial, social and urban relations that the spaces of housing complexes and, in particular, their insertion in the urban fabric, can create, in order to emphasize the importance of involving the affected population in the process. To this end, bibliographical research of works by authors such as Lélia Gonzalez, Augusta Pelinski Raiher, Edenilse Pellegrini da Rosa, Raquel Rolnik, among others, is carried out, prioritizing works by female authorship to elucidate the inequalities faced by women in society and in-built space, in addition to interpreting data from indicators such as IPEA and IBGE. In addition, 4 case studies were listed to empirically illustrate how the built space of housing and it’s urban insertion can affect women's daily lives, with analysis of COPROMO, Gina Bortolosso, Flamenguinho Emancipadores and Área dos Portais housing complexes, in Osasco, SP, in which were made on-site visits and studies of the surroundings, as well as the gathering of spontaneous testimonials from the technical staff of the Housing Department of the Osasco City Hall.
Keywords
Conjuntos habitacionaisCotidiano. Mulheres
Osasco
São Paulo