The Handmaid’s tale: uma perspectiva sobre poder e gênero

Abstract

Com o intuito de refletir sobre questões que constituem o fio do discurso da série The Handmaid’s Tale (2017), no tocante a distopia, poder e gênero, a presente pesquisa se embasa em conceitos teóricos e metodológicos de autores tais como Foucault, Butler e Connel, dentre outros. A análise do corpus abrange efeitos de sentido nos enunciados das personagens, bem como no discurso não- verbal de cenas da série, incluindo questões de cenografia, fotografia, figurino e trilha sonora. Os resultados apontam que o discurso distópico, que faz do passado futuro, apresenta efeitos de sentido que remetem a elementos da realidade contemporânea, na amalgamação do vivido e do nunca imaginado, propiciando a visão assombrosa do nunca pensado em vivido, em que movimentos de fast forward e flashback nos perguntam quem é a mulher contemporânea e que poder lhe cabe nas relações sociais da atualidade.

Aiming at reflecting upon issues that constitute the discursive thread of the series The Handmaid’s Tale (2017), with respect to dystopia, power and gender, this research is based on theoretical and methodological concepts of authors such as Foucault, Butler e Connel, among others. The analysis of the corpus encompasses meaning effects in the characters’ utterances, as well as in the non-verbal discourse of scenes of the series, including scenography, photography, clothing design and soundtrack. Results point out that dystopic discourse, that turns past into future. Presents meaning effects, which are linked to contemporary reality elements, in the coming together of the lived with the never imagined. It gives place to a staggering vision of the never thought into the experienced, in which fast forward and flashback movements question us about who the contemporary woman is and what place is destined to her in present day social relationships.