Hannah Arendt: autoridade e secularização
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Autor
Orientador
Barros, Douglas FerreiraData de publicação
14/12/2015Tipo de conteúdo
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O presente trabalho tem por objetivo analisar os conceitos de autoridade e secularização a partir das obras da filósofa Hannah Arendt, buscando encontrar a articulação entre esses temas, cuja importância se adensa a partir das obras Entre o Passado e o Futuro (2011a), A Condição Humana (2010) e Sobre a Revolução (2011b). Observamos que a investigação sobre a secularização perpassa a reflexão arendtiana sobre a autoridade como também é tema crucial para a compreensão do fenômeno da revolução. Para executar o trabalho, partiremos da análise da concepção de autoridade, pensando o problema da perda da tradição e almejando sempre um diálogo com a temática da secularização. Em seguida, analisaremos o conceito de secularização propriamente dito e quais seus reflexos na compreensão das Revoluções Francesa e Americana. No terceiro e último momento, numa conclusão, avaliaremos os resultados desta aproximação entre autoridade, tradição e secularização e mostraremos que o estudo nos abre uma via para investigarmos a religião na ótica arendtiana. Em nosso estudo, faremos uma abordagem de suas primeiras obras em sequência cronológica, a saber: Entre o Passado e o Futuro (1954), A Condição Humana (1958) e Sobre a Revolução (1963). Nelas encontramos a exposição sobre o nosso objeto e sua interferência em diversos campos da sociedade, abrindo-se aos questionamentos: como se compreende a relação entre autoridade, tradição e secularização? É possível pensar a secularização como fenômeno revolucionário? Será através destes e de outros questionamentos que procuramos pensar esse fenômeno da secularização, que tanto tem preocupado os pensadores das Ciências da Religião, da teologia e de outras áreas.
The encounter of nascent Christianity with classical Greco-Roman culture in the second century AD had points of confluence, dispersion and conjugation. The thought of Irenaeus of Lyons (130-208 AD) in Adversus haereses shows that the relation between Christian religion and classical culture came close to the Christian gnostic groups. These, when evangelized and adept at the good news of Jesus Christ, brought with them their cultural framework, and thus Christianity marked by Jewish customs, was gaining nuances of the diverse cultures, religions, peoples and languages present in the Roman Empire. The research was not intended to value this relation Greco-Roman culture and nascent Christianity, but rather to show the importance and the tensions present in this relation, from the first book of the Demonstration and refutation to the false gnosis. Irenaeus constructed his thought in order to make clear the thinking of the various gnostic groups, in order to refute them, and in the meantime presented a systematization of the Christian faith not yet seen in his time. Its Demonstration and Refutation of the Gnostic theses was not only a way of fighting the controversies that arose in the first centuries of the Church, but was also, as presented in this research, a means of showing the interaction between Christians, especially the thinkers, with The intellectual and cultural environment that they were inserted. As a process of conjugation, Christianity and the classical culture had mutual influences, differences and points in common, in the formation from initial Christian thought. The hermeneutics of the first book of the Adversus haereses, and classical thinking, made it possible to understand and deepen the relationship between culture and religion in the second century AD.
Palavras-chave
Hannah ArendtSecularização
Autoridade
Hannah Arendt
Secularism
Authority