Matronas romanas e o cristianismo: relações de gênero nos atos de Pedro
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Título alternativo
Roman matrons and Christianity: gender relations in Peter's actsAutor
Orientador
Nogueira, Paulo Augusto de SouzaData de publicação
28/02/2024Tipo de conteúdo
Dissertação de mestradoPrograma de Pós-Graduação
Ciências da ReligiãoDireitos de acesso
Acesso abertoMetadados
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Nos séculos II e III d.C., o conceito de mulher, assim como seu papel social, variava por causa de fatores como: status social, classe, etnia e localização geográfica. Em muitas famílias da elite romana, as mulheres desempenhavam o papel de gestoras do lar. Também estudavam e se envolviam em atividades intelectuais e culturais. As jovens estavam aptas a se casar a partir dos doze anos. O propósito da mulher em um casamento era a procriação para preservação do nome do marido. As mulheres romanas eram criadas com a finalidade de constituir e perpetuar uma família. O Império Romano tinha uma vasta multiplicidade de grupos religiosos, fator resultante de sua diversidade étnica e social. Neste período o cristianismo era um grupo minoritário. Em seus primórdios, ele basicamente era uma religião de gente semianalfabeta e que compunha os grupos socioeconômicos inferiores do Império Romano: escravos, mulheres e camponeses. Neste contexto, os Atos Apócrifos de Pedro são fontes importantes do cristianismo primitivo. Através deles podemos analisar como era composta a igreja cristã primitiva; qual era a participação das mulheres dos grupos socioeconômicos inferiores e superiores na organização do movimento cristão; como elas eram representadas e com qual finalidade. A representação das mulheres nos Atos Apócrifos de Pedro refletia os valores morais e sociais da época. As matronas eram estereotipadas como mães afetuosas de temperamento virtuoso e esposas leais. Elas ocupavam papeis sociais, familiares, religiosos e culturais que variavam conforme sua classe social.
In the II and III centuries A.D., the concept of women, as well as their social role, varied due to factors such as: social status, class, ethnicity, and geographic location. In many elite Roman families, women played the role of household managers. They also studied and were involved in intellectual and cultural activities. Young women were eligible to marry from the age of twelve. The woman's purpose in a marriage was procreation to preserve her husband's name. Roman women were raised with the purpose of forming and perpetuating a family. The Roman Empire had a vast multiplicity of religious groups, a factor resulting from its ethnic and social diversity. During this period, Christianity was a minority group. In its beginnings, it was basically a religion of semi-illiterate people who made up the lower socioeconomic groups of the Roman Empire: slaves, women, peasants. In this context, the Apocryphal Acts of Peter are important sources of early Christianity. Through them we can analyze how the early Christian church was composed, what was the participation of women from lower and higher socioeconomic groups in the organization of the Christian movement, how they were represented and for what purpose. The representation of women in the Apocryphal Acts of Peter reflected the moral and social values of the time. Matrons were stereotyped as affectionate mothers with virtuous temperaments and loyal wives. They occupied social, family, religious and cultural roles that varied according to their social class.
Palavras-chave
Império RomanoCristianismo Primitivo
Matronas
Atos Apócrifos de Pedro
Roman Empire
Early Christianity
Matrons
Apocryphal Acts of Peter