Cemitérios em Campinas: a transformação do espaço para sepultamentos
Autor
Orientador
Salgado, IvoneData de publicação
01/07/2003Tipo de conteúdo
Dissertação de mestradoPrograma de Pós-Graduação
Arquitetura e UrbanismoDireitos de acesso
Acesso abertoMetadados
Mostrar registro completoResumo
Este trabalho estuda o processo de construção espacial dos antigos cemitérios de Campinas, de 1753 a 1881, partindo-se do pedido dos primeiros povoadores para a instalação de um Cemitério Bento e encerrando-se com a data de inauguração do Cemitério do Fundão (atual Cemitério da Saudade), ocasião em que houve o fechamento oficial dos antigos cemitérios atrás do complexo ferroviário. A pesquisa baseou-se na documentação existente no Arquivo da Câmara Municipal de Campinas, com o objetivo de reconstruir a história da organização, conformação e transformação destes espaços, detendo-se no deslocamento dos sepultamentos do interior da igreja para o “campo santo” e dos cemitérios periféricos para além dos limites do rossio. Entre a segunda metade do século XVIII e o final do século XIX, Campinas passou por grande desenvolvimento, impulsionado pela agricultura açucareira e cafeeira. Por sua localização estratégica na província, foi instalado um grande entroncamento ferroviário em seu território, colaborando com o crescimento industrial e trazendo vários problemas decorrentes do aumento populacional. A adequação dos cemitérios tornou-se, então, uma das necessidades básicas da nova política de urbanização, pautada na higienização da cidade. O deslocamento e as novas formas de enterramentos em Campinas seguem as orientações da medicina, sobretudo marcadas pela teoria miasmática, respeitando a legislação provincial e os artigos de posturas municipais, não deixando de existir conflitos entre o poder público e os interesses eclesiásticos.