dc.description.abstract | A Criptococose é uma doença fúngica sistêmica de caráter oportunista que afeta as
diferentes espécies de animais inclusive os seres humanos, tendo os felinos como
a espécie mais acometida pela doença. É comumente causada por fungos
pertencentes ao complexo Cryptococcus, sendo as espécies mais recorrentes C.
neoformans e C. gattii. Estas espécies estão associadas a infecções em indivíduos
imunossuprimidos, principalmente aqueles portadores de Vírus da Imunodeficiência
Humana (HIV) sendo observadas também em outros grupos de risco; como
pacientes transplantados, desnutridos, debilitados por outras doenças
concomitantes. É frequentemente isolado em fezes de pombos e outras aves que
são hospedeiros assintomáticos do fungo graças a sua alta temperatura corpórea
e a ótima adaptação dessas aves aos grandes centros urbanos fez com que a
doença seja considerada uma enfermidade cosmopolita. A falta de notificações da
ocorrência da criptococose no Brasil tem aumentado devido a diversos fatores,
dentre eles, pode-se destacar o clima, a facilidade de transporte do agente fúngico
e o desconhecimento da doença e de seus métodos diagnósticos por parte de
muitos clínicos. O diagnóstico pode ser feito através de testes laboratoriais como,
aspirado de medula óssea, análise do líquido cefalorraquidiano, inoculação em
meios de cultivo específicos, visualização em microscopia com uso de tinta
nanquim e pela sintomatologia clínica apresentada pelo homem ou animal. Os
sintomas podem variar de acordo com os órgãos afetados pela doença, podendo
ocorrer alteração de visão, náuseas, dificuldade respiratória, confusão mental,
alterações comportamentais dentre outras. O tratamento é feito de acordo com a
forma clínica apresentada pelo animal ou pelo humano, sendo dependente também
de como se encontra o status imunológico, sendo a anfotericina B e o itraconazol
os medicamentos mais usados para o tratamento. | pt_BR |