Estudo comparativo entre acidentes motociclísticos ocorridos em Campinas nos anos de 2010 e 2017
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//2020Tipo de conteúdo
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Introdução: Os acidentes de trânsito são considerados um grande problema para a saúde pública no mundo, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade. Os motociclistas são o grupo mais suscetível. A mortalidade envolvendo motociclistas no Brasil saltou em 700% no período de 1998 a 2008. Objetivos: Analisar a evolução do perfil epidemiológico das vítimas de acidentes motociclísticos ocorridos nos anos de 2010 e 2017 atendidas em um hospital universitário de Campinas-SP. Metodologia: Estudo retrospectivo, realizado através da análise comparativa de dados de prontuários de 114 e 105 pacientes vítimas de acidentes motociclísticos, respectivamente, nos anos de 2010 e 2017, atendidos primariamente na urgência e emergência de um hospital universitário de referência em Campinas-SP. Resultados: das 114 vítimas de acidente motociclístico avaliadas no ano de 2010, 103 (90,3%) eram do sexo masculino, com média de idade de 28 anos (variando de 13 a 69 anos). Foram verificadas fraturas em 47,3% dos casos, predominantemente em membros inferiores (93% das fraturas), sendo que fraturas expostas representaram 24% do total. Óbitos representaram 2,6% do total de casos. O dia de maior ocorrência de acidentes foi sexta-feira (17,5%). Entre os 105 pacientes analisados no ano de 2017, 87 (82,9%) eram do sexo masculino, com média de idade de 29,8 anos (variando de 6 a 63 anos). Fraturas foram observadas em 98,1% dos pacientes, sendo 89,5% em membros inferiores e 64,1% fraturas expostas. A frequência de óbitos foi de 3,9%. O dia de maior ocorrência de acidentes foi domingo (20,8%). Conclusão: Houve aumento do número de fraturas e da gravidade destas em 2017 em relação ao ano de 2010, porém não ocorreu variação significativa no número de óbitos nos períodos observados.
Palavras-chave
Acidentes de trânsitoMotocicletas
Traumatismo múltiplo