Da cegueira à “Mística de Olhos Abertos”: Uma análise da poesia de Adélia Prado a partir de Benjamín Gonzáles Buelta e Johann Baptist Metz
Autor
Mariani, Ceci Maria Costa Baptista
Silva, Valmir Rubia da
Data de publicação
//2019Tipo de conteúdo
ArtigoMetadados
Mostrar registro completoResumo
Nas obras de Metz e Buelta, deparamo-nos com o conceito de “mística de olhos abertos”. Metz compreende que, na fé cristã, se acha sempre presente uma qualidade que seria a busca pela justiça. Resgatando a frase de K. Rahner: “O cristão do futuro ou será um místico ou não será cristão”, Buelta compreende a mística como “uma dimensão de toda a vida humana” e, não, como algo reservado a privilegiados, mesmo que, em algumas de suas expressões, atinjam níveis de profundidade maior. Citando Metz, Buelta esclarece que, em uma “mística de olhos abertos”, a percepção não se restringe a nós, mas se intensifica no contato com o sofrimento do outro. Este artigo se propõe a apresentar o resultado de uma pesquisa de caráter teórico e qualitativo, empregando a pesquisa bibliográfica como método de trabalho. Com base nos conceitos desenvolvidos por Johann Baptist Metz, a partir de sua obra “Mística de olhos abertos”, de elementos também presentes na obra “Ver ou perecer – Mística de olhos abertos” de Benjamín Gonzáles Buelta e da análise do fenômeno místico desenvolvida por Juan Martín Velasco, pretende-se elaborar uma análise Teopoética na perspectiva Mística de extratos de poesias de Adélia Prado. Pretende-se, em Metz e Buelta, analisar a relação entre espiritualidade-mística e secularidade, identificando, nas expressões poéticas, sinais de transcendência presentes no século que possam caracterizar uma Teopoética na perspectiva Mística.
Palavras-chave
MísticaSecularidade
Arte
Poesia
Adélia Prado
