Inglês para quem? : as implicações do Programa Inglês sem Fronteiras no processo de internacionalização da educação superior brasileira
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Autor
Orientador
Silva, Tarcisio TorresData de publicação
07/02/2018Tipo de conteúdo
DissertaçãoDireitos de acesso
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Diante da tendência mundial de internacionalização da educação superior, o governo brasileiro lançou, em 2011, o Ciência sem Fronteiras (CsF), programa federal que tinha por objetivo qualificar a ciência nacional por meio da mobilidade estudantil. Com a grande quantidade de alunos sendo enviados ao exterior, a formação em língua estrangeira passou a ser essencial para o êxito do programa. No intuito de garantir a formação dos alunos em língua inglesa para que pudessem estudar em universidades anglófonas, o Inglês sem Fronteiras (IsF) foi criado com três ações principais: aplicação de testes de proficiência, oferecimento de cursos presenciais e online. Sabendo que a língua inglesa é entendida como uma língua franca por participar de diferentes esferas discursivas, da economia, da política, dos negócios, compreendemos que os cursos de língua inglesa da atualidade devem preparar os alunos para a complexidade que constitui a língua e o uso dela. Dessa forma, nosso objetivo é investigar como os cursos funcionam e de que maneira os candidatos do CsF são formados para o uso da língua inglesa em contexto de estudo estrangeiro, uma vez que, diante do advento da globalização e da emergência de uma vasta indústria de ensino de inglês, a língua ganhou uma conotação utilitarista e passou a ser entendida como um bem de consumo submisso às leis do mercado de trabalho. Diante dessas constatações, analisamos os documentos oficiais e propositivos do IsF, para entender a proposta governamental; aplicamos um questionário aos coordenadores dos cursos presenciais e analisamos, discursivamente, as publicações midiáticas acerca dos programas. Buscamos, com o encadeamento dos diferentes métodos empregados na pesquisa, explicitar a submissão do IsF à agenda e interesses do CsF e, portanto, o lugar político-social em que o programa se inseriu em face dos desafios propostos pela internacionalização da educação superior.
Due to the worldwide trend of internationalization of higher education, in 2011 the Brazilian government launched Science Without Borders (SwB), a federal program that aimed to qualify national science through student mobility. As a result of the large number of students being sent abroad, foreign language training became essential to the success of the program. In order to ensure the training of English-speaking students and ensure that they could study in English-speaking universities, English without Borders (EwB) was created with three main actions: application of proficiency tests, online and face-to-face courses. It is known that the English language is understood as a lingua franca by participating in different discursive spheres, economy, politics, and business, therefore, the current English language courses should prepare students for the complexity of language and its usage. In this way, our objective is to investigate how the courses work and how the SwB candidates are trained to use the English language in a foreign study context. Since the advent of globalization and the emergence of a vast English teaching industry, language has gained a utilitarian connotation and has come to be understood as a consumer good submissive to the laws of the labor market. In light of these findings, we analyzed the official and proposed documents of the EwB to understand the governmental proposal, we applied a questionnaire to the coordinators of the on-site courses and we, discursively, analyzed the media publications about the programs. With the linking of the different methods used in the research, we sought to explain EwB's submission to the SwB agenda and interests and, as a result, the political-social place in which the program was inserted in the face of the challenges brought by the internationalization of higher education.
Palavras-chave
InternacionalizaçãoInglês sem Fronteiras
Inglês.
Internationalization
English without Borders
English.