A Caminhabilidade como possibilidade para a sustentabilidade urbana: um estudo sobre Campinas – SP
View/ Open
Author
Advisor
Merlin, José RobertoDate
14/12/2018Content Type
DissertaçãoPostgraduate Program
Programa de Pós-Graduação em SustentabilidadeAccess rights
Acesso AbertoMetadata
Show full item recordAbstract
A Caminhabilidade designa uma opção consciente pelo deslocamento a pé. Essa escolha propicia ao caminhante o desenvolvimento de interações sociais e a vivência do lugar, duas condições essenciais para a formação dos laços de comunidade. A comunidade, por sua vez, é um elemento chave para se alcançar a sustentabilidade urbana, entendida como a busca pelo bem comum e pela justiça socioambiental. Em uma análise mais ampla, a sustentabilidade pode ser entendida como um contraponto ao sistema econômico vigente. O desafio, portanto, é o de conceber a cidade, dotada de contradições e de desigualdades, como palco da sustentabilidade. As desigualdades socioespaciais são o resultado da organização do espaço urbano, orientada, historicamente, pelos interesses econômicos ante aos socioambientais. Tal organização diferencia, propositalmente, os territórios em centro e periferia econômica, numa relação dialética desigual e combinada. O estudo analisou dois recortes urbanos da cidade de Campinas, um na área central, e outro na periferia geográfica e econômica. As condições de Caminhabilidade foram observadas empiricamente e serviram como base para analisar como a infraestrutura urbana pode interferir na interação social. O cotejamento centro-periferia permitiu ampliar a análise e entender como a disposição da cidade 3D (dispersa, distante e desconectada) impacta a sustentabilidade urbana. As informações da pesquisa de campo confirmaram que a desigualdade centro-periferia persiste na cidade de Campinas e que a população de maior renda tende à autossegregação em casas e condomínios fechados por medo da insegurança urbana e também pela mixofobia, fator que compromete a Caminhabilidade e a possibilidade da criação do pertencimento ao lugar.
Walkability designates a conscious preference for walking. When people walk, they develop social interactions and experience places, both of which are required for members of a community to have a sense of belonging and for building ties. Communities are crucial elements in the pursuit of urban sustainability and the common good as well as social and environmental justice. From a more general standpoint, sustainability may be seen as a counterpoint to the current economic system. The challenge is to have cities ridden by contradictions and inequalities become scenarios for sustainability. Social-spatial inequalities have historically emerged as urban space, rather than being planned for social and environmental reasons, was organized by vested economic interests that deliberately separate territory in two: business center and periphery, as part of an uneven and combined dialectic relationship. The present study analyzes two urban sections from the city of Campinas, one in its central or downtown area, the other on its geographic and economic periphery. Conditions conducive to walking – walkability - were empirically observed and used as the basis for an analysis of how urban infrastructure may affect social interaction. By making this center-periphery comparison, the analysis may be broadened to apprehend how urban sustainability is impacted by the city’s 3D (dispersed, distant and disconnected) profile. Informations from the field research confirms that the inequality persists between downtown Campinas and its own periphery and that the higher income population tend to self-segregate in their houses and condos for fear of urban insecurity and social interactions with people from different ethnicities and social groups, a factor that compromises the walkability and the possibility of the creation of a sense of belonging to the place.
Keywords
Gestão da Cadeia de SuprimentosGestão da Cadeia de Suprimentos Sustentável
Sustentabilidade
Pacto Global.Supply Chain Management
Supply Chain Management Green
Sustainability
Global Compact.