O encontro do Cristianismo com a cultura clássica: a questão em Irineu de Lião
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Alternative Title
The encounter of Christianity with classical culture: the question in Irenaeus of LyonsAuthor
Advisor
Gonçalves, Paulo Sérgio LopesDate
14/12/2016Content Type
DissertaçãoAccess rights
Acesso AbertoMetadata
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O encontro do cristianismo nascente com a cultura clássica greco-romana, no século II d.C., teve pontos de confluência, de dispersão e de conjugação. O pensamento de Irineu de Lião (130-208 d.C) na obra Adversus haereses mostra que a relação religião cristã e cultura clássica teve uma aproximação grande em virtude dos grupos gnósticos cristãos, que evangelizados e adeptos à boa nova de Jesus Cristo, traziam consigo seu arcabouço cultural, sendo assim o cristianismo marcado pelos costumes judaicos, foi ganhando matizes das diversas culturas, religiões, povos e línguas presentes no Império Romano. A pesquisa não pretende valorar esta relação cultura greco-romana e cristianismo nascente, mas sim mostrar a importância e as tensões presentes nessa relação, a partir do primeiro livro da Demonstração e refutação à falsa gnose. Irineu construiu seu pensamento em busca de tornar claro o pensamento dos diversos grupos gnósticos, para assim refutá-los, e neste ínterim apresentou uma sistematização da fé cristã ainda não vista no seu tempo. A sua Demonstração e Refutação das teses gnósticas, foi não só um caminho de combate às controvérsias, que surgiram nos primeiros séculos da Igreja, mas também foi, como apresentado nesta pesquisa, um meio de mostrar a interação entre os cristãos, principalmente os pensadores, com o meio intelectual e cultural que estavam inseridos. Como um processo de conjugação, o cristianismo e a cultura clássica tiveram influências mútuas, diferenças e pontos em comum, na formação desde pensamento cristão inicial. A hermenêutica do primeiro livro da Adversus haereses, e do pensamento clássico, possibilitou compreender e aprofundar-se na relação cultura e religião no século II d.C.
The present dissertation intends to analyze the plausibility of the world ethics project (Weltethos, in its German origin), researching the historical and conceptual factors that enabled the existence of an ethical force common to the great religious traditions of humanity. We present interreligious dialogue as a prerequisite for the process of formulating the world declaration of ethics, presented by Hans Küng in the Second Parliament of World Religions in 1993. According to this document, the common ethical basis of religions lies, first of all in the principle of humanity “every human being should receive human treatment” and in the millennial principle of the golden rule “do to others what you wish them to do to you.” These principles are framed in four immovable precepts that are associated with the four commandments of humanity: commitment to a culture of non-violence and respect in the face of all life (not killing), commitment to a culture of solidarity and a just economic order (not steal), commitment to a culture of tolerance and a life of truth (not lying), commitment to a culture of equal rights and fellowship between man and woman (not to fornicate). From these structural elements of this declaration, in which the ecumenical theologian Hans Küng outlines and guides the project of world ethics, we seek to develop in this research, in a descriptive, discursive, interpretative and critical way, the applicability and resistance to the concretization of such a world-wide ethic, which has a propulsive basis for dialogue between religions in the course of post modernity.
Keywords
Cristianismo nascenteCultura clássica greco-romana
Irineu de Lião (130-208)
Adversus haereses
Helenização
Gnósticos.
Nascent Christianity
Classical Greco-Roman culture
Irenaeus of Lyons (130-208)
Adversus haereses
Helenization
Gnostics.